Luxo europeu representa 5% do PIB e impulsiona turismo

A Europa mantém-se como líder mundial no setor do luxo, que representa cerca de 5% do PIB europeu, totalizando 986 mil milhões de euros em 2024. Este dado foi revelado no mais recente estudo da ECCIA – European Cultural and Creative Industries Alliance, que destaca a importância das indústrias de luxo para a economia da região. Atualmente, o setor emprega cerca de dois milhões de pessoas e desde 2019, foram criados 160 mil novos postos de trabalho.

As marcas de luxo na Europa dominam 70% do mercado global e são responsáveis por 11,5% das exportações totais da União Europeia. Este segmento contribuiu com 410 mil milhões de euros em valor acrescentado bruto (GVA) à economia comunitária, representando 2% do total europeu. A ECCIA sublinha que as marcas de luxo são embaixadoras do “Made in Europe”, sendo um ativo estratégico para a economia da região.

Além das exportações, o setor de luxo tem um impacto significativo no turismo europeu. Estima-se que até um quarto do valor total do turismo na Europa esteja associado ao consumo de bens e experiências de luxo. O relatório revela que 40% dos viajantes asiáticos consideram as compras de luxo como uma das principais razões para escolherem a Europa como destino. O consumo de luxo vai além de uma simples transação; é uma experiência cultural que combina património, artesanato e inovação.

Apesar de um contexto de desaceleração económica e instabilidade geopolítica, o setor do luxo europeu registou um crescimento médio anual de 3% entre 2019 e 2024. Segmentos como iates, moda e design têm apresentado desempenhos ainda mais robustos, com crescimentos de 11% e 6% ao ano, respetivamente. A indústria automóvel de luxo, que representa 486 mil milhões de euros, continua a ser o maior segmento, correspondendo a 84% do mercado global.

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Entretanto, a ECCIA alerta para riscos que podem afetar o crescimento do setor. A escassez de talento jovem nas áreas de artesanato e produção de excelência pode comprometer o know-how europeu. Além disso, as mudanças demográficas e económicas globais dificultam a preservação de competências especializadas. A crescente pressão para atender a exigências de sustentabilidade e as tensões geopolíticas, especialmente entre os EUA e a China, também representam desafios significativos.

Para enfrentar esses desafios, a ECCIA propõe um conjunto de políticas que visam reforçar a competitividade do luxo europeu. Entre as recomendações estão o combate à contrafação, a promoção da sustentabilidade com prazos de adaptação mais longos e o apoio ao artesanato através de programas de formação especializados. A associação defende ainda a necessidade de facilitar o comércio e o turismo, através de acordos de comércio livre e incentivos ao tax free shopping.

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luxo europeu luxo europeu luxo europeu Nota: análise relacionada com luxo europeu.

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Fonte: ECO

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