Trabalhadores do Novobanco excluídos de prémios da venda

Os trabalhadores do Novobanco foram excluídos das comissões relacionadas com a venda da instituição ao grupo francês BPCE, no valor de 6,4 mil milhões de euros. A informação foi confirmada pela Comissão Nacional de Trabalhadores (CNT), que revelou que, em reunião com o CEO e o presidente do Conselho Geral de Supervisão, foi comunicado que não haverá qualquer prémio extraordinário para os colaboradores do banco.

A decisão surge após um pedido da CNT para que os trabalhadores fossem contemplados com bónus, especialmente tendo em conta que os administradores do fundo Lone Star, que detinha o Novobanco, e os gestores envolvidos na venda, vão receber prémios que totalizam cerca de 1,1 mil milhões de euros. Este valor será atribuído assim que a transação com o BPCE se concretize, segundo informações do Público.

Os bónus atribuídos aos dirigentes do Lone Star são calculados com base na sua relevância na cadeia de valor e na sua contribuição para o sucesso do negócio. Entre os beneficiários, destaca-se o fundador e presidente do fundo, John Grayken, que deverá receber a maior parte, seguido pelo atual CEO, Donald Quintin. Outros gestores, como Kambiz Nourbakhsh e Benjamin Dickgieser, também estão incluídos nesta lista.

A justificação para a disparidade nos prémios está relacionada com a diferença de critérios utilizados para a remuneração dos dirigentes do Lone Star em comparação com os executivos do Novobanco. Enquanto os líderes do Novobanco poderão receber prémios que rondam alguns milhões de euros, os membros independentes do Conselho Geral e de Supervisão do fundo norte-americano terão acesso a bónus significativamente mais elevados.

Esta situação levanta questões sobre a equidade na distribuição de recompensas, especialmente num momento em que os trabalhadores do Novobanco sentem que a sua contribuição não está a ser reconhecida. A CNT continua a pressionar por uma revisão desta decisão, argumentando que os colaboradores também desempenharam um papel importante na recuperação e no sucesso da instituição.

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Fonte: ECO

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