Trump ameaça despedimentos e cortes em estados democratas

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou as suas ameaças de despedimentos de funcionários públicos e cortes de fundos a projetos de infraestruturas em estados governados por democratas. Esta retaliação surge após a recusa da oposição em aprovar a extensão do financiamento do governo, levando a uma paralisação parcial que começou na quarta-feira.

Trump anunciou na sua conta na plataforma Truth Social que se reuniria com Russ Vought, diretor do orçamento da Casa Branca, para discutir quais as agências democratas a eliminar. O Presidente referiu que algumas dessas agências são “fraudes políticas” e questionou se os encerramentos deveriam ser temporários ou permanentes.

A situação agravou-se com o impasse orçamental no Congresso, que resultou na suspensão de atividades de centenas de milhares de funcionários públicos considerados “não essenciais”. Espera-se que esta paralisação cause interrupções significativas em vários serviços públicos.

A Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo da América (NATCA) expressou preocupação com a segurança do espaço aéreo, alertando que a falta de pessoal pode comprometer a segurança das operações aéreas. Por outro lado, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a paralisação orçamental terá um impacto negativo no PIB e no crescimento económico dos Estados Unidos.

Enquanto o líder republicano da Câmara de Representantes, Mike Johnson, criticou os democratas pela falta de apoio a um projeto de lei que prolongaria o financiamento, o líder democrata, Hakeem Jeffries, acusou Trump de agir de forma irresponsável. Uma sondagem do Washington Post revelou que 47% dos norte-americanos inquiridos culpam Trump e os republicanos pelo impasse, enquanto 30% responsabilizam os democratas.

Além disso, o governo Trump anunciou o cancelamento de 26 mil milhões de dólares em fundos federais destinados a estados democratas, incluindo 18 mil milhões de dólares para Nova Iorque. Os cortes também afetam 7,6 mil milhões de dólares em subsídios a projetos de energia limpa em 16 estados, todos eles a favor da candidata democrata Kamala Harris nas últimas eleições presidenciais.

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O Departamento de Energia confirmou que 223 projetos foram eliminados após uma revisão que concluiu que não eram viáveis economicamente ou não atendiam às necessidades energéticas do país. Embora não tenham sido divulgados os detalhes dos projetos afetados, a organização ambiental Conselho de Defesa dos Recursos Naturais indicou que os cortes podem incluir centrais de baterias e melhorias na rede elétrica.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, alertou que o corte de fundos ameaça mais de 200 mil empregos, dado que o setor privado já se comprometeu com 10 mil milhões de dólares para um projeto de hidrogénio no estado. Vought, por sua vez, destacou que os cortes visam interromper o financiamento da agenda climática da esquerda.

A maioria presidencial espera que alguns senadores democratas cedam à pressão e apoiem o projeto de lei republicano, que já foi rejeitado várias vezes no Senado. Apesar de os republicanos terem a maioria nas duas câmaras do Congresso, as regras exigem o apoio de pelo menos oito democratas para que a proposta orçamental seja aprovada.

Leia também: O impacto económico da paralisação nos EUA.

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Fonte: ECO

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