Portugal pode desenvolver cadeia de valor para veículos elétricos

Luís Mira Amaral, ex-ministro da Indústria, manifestou a sua convicção de que Portugal tem a capacidade de desenvolver uma cadeia de valor robusta para a indústria de veículos elétricos. Durante uma conferência, Mira Amaral afirmou que o país está bem posicionado para aproveitar as oportunidades que surgem com a transição para a mobilidade elétrica.

“Nós conseguiremos, com o que está em curso, desenvolver uma cadeia de valor que começa na mina e termina na fabricação de baterias para fornecer os veículos elétricos”, disse. Este processo já está a ser impulsionado por projetos como o da Savannah Resources em Boticas, que está a explorar lítio na mina do Barroso, e a construção de uma fábrica de baterias pela empresa chinesa CALB em Sines, que deverá estar operacional em 2028.

Mira Amaral destacou que a transição dos veículos de combustão interna para os elétricos envolve muito mais do que apenas a mudança de motor. “É toda a dimensão da conectividade que é importante, e Portugal tem empresas competentes nesta área das tecnologias de informação que vão ter um papel relevante”, acrescentou.

O ex-ministro, que é conhecido como o “pai” da Autoeuropa, recordou que a empresa foi fundamental na construção de uma cadeia de fornecedores em Portugal. Este investimento estrangeiro na indústria automóvel resultou na criação de um cluster automóvel que deverá exportar cerca de 13 mil milhões de euros para mercados como a Europa, Estados Unidos e Ásia.

No entanto, a transição para veículos elétricos apresenta desafios, especialmente para as empresas que produzem veículos com motores de combustão interna. Mira Amaral sublinhou que a Autoeuropa e o seu ecossistema estão em risco, mas acredita que a empresa conseguirá adaptar-se. “Esses fornecedores vão evoluir com a Autoeuropa”, garantiu, referindo que a cadeia que sustenta a produção em Palmela está preparada para enfrentar as mudanças.

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A mudança de paradigma na indústria automóvel não é exclusiva de Portugal. Enquanto a Tesla surgiu como pioneira no setor dos veículos elétricos, fabricantes tradicionais como a Volkswagen e a BMW têm enfrentado o desafio de se adaptar a esta nova realidade.

“Não estou nada preocupado. Temos aqui muitas oportunidades”, concluiu Mira Amaral durante a conferência Zona de Impacto Global – Pensar o ESG, promovida pelo Novobanco e o Jornal Económico, com o apoio do IST, no Técnico Innovation Center.

Leia também: O futuro da mobilidade elétrica em Portugal.

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Fonte: Sapo

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