A democracia é frequentemente vista como um pilar essencial para o desenvolvimento económico e a justiça social. No entanto, a realidade demonstra que este sistema não é infalível. A experiência portuguesa, entre outras, revela que a democracia, por si só, não assegura prosperidade económica e justiça social para todos os cidadãos. Historicamente, algumas democracias têm sido mais eficazes do que outras na promoção do crescimento económico e na melhoria das condições de vida.
Diversos estudiosos defendem que a democracia e economia estão interligadas, argumentando que as democracias tendem a criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento económico. Isso acontece porque, em geral, as democracias promovem a transparência administrativa, a alternância política, instituições independentes e a liberdade económica. Além disso, a existência de mecanismos de controlo entre os poderes executivo, legislativo e judicial contribui para um ambiente de confiança e estabilidade.
Esses fatores são cruciais para atrair investimento, fomentar o emprego e incentivar a inovação, todos elementos fundamentais para o crescimento económico. Contudo, é importante notar que a simples presença de um sistema democrático não garante automaticamente esses resultados. A eficácia das instituições e a qualidade da governação são determinantes para que a democracia contribua efetivamente para a economia.
Em suma, a relação entre democracia e economia é complexa. Enquanto a democracia pode criar condições propícias ao crescimento, a sua implementação e funcionamento são essenciais para que esses benefícios se concretizem. A experiência de diferentes países mostra que a prosperidade económica é o resultado de um conjunto de fatores que vão além da mera existência de um sistema democrático.
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Fonte: Sapo
