José Luís Carneiro, membro do Partido Socialista, manifestou-se recentemente sobre os efeitos adversos das fusões da troika em Portugal. O político destacou a extinção de postos consulares e diplomáticos como um exemplo claro das consequências negativas que estas fusões trouxeram para a afirmação das prioridades da política externa do país.
Carneiro sublinhou a necessidade de uma melhor articulação entre os diferentes níveis de responsabilidade do Estado, defendendo que o Governo deve começar a abordar a ineficiência existente. “O Estado está débil em estruturas humanas altamente capacitadas”, afirmou, referindo-se à gestão, contabilidade e economia como áreas particularmente afetadas.
O socialista enfatizou que a falta de recursos qualificados prejudica a capacidade do Estado de defender o interesse público. Para ele, a solução passa por um diálogo construtivo entre o Governo e o PS, focando nas dimensões essenciais onde é possível obter ganhos de eficiência na despesa corrente primária.
Carneiro recordou que, no passado, foi criada uma unidade no Ministério das Finanças para avaliar o desperdício, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS). As estimativas, na altura, apontavam para um desperdício de cerca de 10 mil milhões de euros ao longo de dez anos. “Os níveis de desperdício na administração pública são muito elevados”, alertou, propondo que cortes e melhorias incrementais de eficiência são fundamentais para otimizar os recursos.
O político concluiu que a constituição de uma unidade de avaliação da despesa corrente primária do Estado poderia trazer ganhos significativos, permitindo a contratação de recursos altamente qualificados. As fusões da troika, segundo Carneiro, não só afetaram a estrutura do Estado, mas também a sua capacidade de servir adequadamente os cidadãos.
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Fonte: Sapo





