Os teleféricos da Madeira, especialmente o que liga o Funchal ao Monte, são uma opção segura e recomendada para os turistas que visitam a ilha. Esta afirmação foi feita por Ricardo Pinto Correia, presidente da Teleféricos da Madeira, numa entrevista ao Jornal Económico, após um trágico acidente no Elevador da Glória, em Lisboa, que resultou em 16 vítimas.
Em 2024, o teleférico que conecta o Funchal ao Monte, com 39 cabines e capacidade para 700 pessoas por hora, transportou cerca de 1,1 milhões de passageiros. Este é o principal teleférico da Região Autónoma da Madeira, que conta com um total de sete teleféricos, incluindo os de Jardim Botânico e Cabo Girão. No total, estes meios de transporte movimentaram 1,4 milhões de pessoas e geraram receitas de 18,1 milhões de euros.
Ricardo Pinto Correia sublinha que a segurança é a principal preocupação da empresa. “Um acidente ou incidente seria fatal para a exploração do negócio. Temos uma rotina de manutenção anual, mas vamos além disso. A nossa equipa de manutenção é composta por 13 pessoas, além de três engenheiros que se dedicam diariamente à segurança do teleférico”, explica. Anualmente, a empresa investe entre 800 mil euros e 1,5 milhões de euros em segurança e manutenção, dependendo das necessidades de substituição de material.
A formação da equipa também é uma prioridade. “O nosso pessoal recebe entre 20 a 30 horas anuais de formação, tanto na região como no estrangeiro. Estamos aqui para proporcionar uma experiência única, sempre dentro de elevados parâmetros de segurança”, afirma o presidente.
A manutenção dos teleféricos da Madeira é realizada em várias etapas: diariamente, semanalmente, mensalmente e anualmente. Diariamente, os funcionários realizam uma viagem em vazio para verificar se tudo está em ordem antes de iniciar as operações. Semanalmente, são feitas manutenções mais profundas, enquanto as inspeções mensais focam em componentes como motores e caixas redutoras.
Para garantir a segurança, a Teleféricos da Madeira utiliza um equipamento único na ilha que permite realizar exames indutivos ao cabo que sustenta as cabines. “Este aparelho faz uma radiografia ao cabo de aço, permitindo-nos monitorizar a sua condição. O nosso cabo apresenta uma condição geral muito boa, e realizamos esta verificação mensalmente”, conclui Ricardo Pinto Correia.
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Fonte: Sapo
