As eleições autárquicas de 12 de outubro na Maia prometem ser um marco histórico, com a oposição a tentar quebrar um ciclo de 46 anos de poder do PSD. Desde a primeira eleição autárquica após o 25 de Abril, o PSD tem dominado a Câmara, com apenas uma breve interrupção entre 1976 e 1979, quando o socialista Jorge da Costa Catarino ocupou o cargo. Desde então, José Vieira de Carvalho, Bragança Fernandes e, atualmente, António Silva Tiago têm liderado a autarquia, sempre sob a bandeira laranja.
António Silva Tiago, o atual presidente, procura reforçar a sua posição, apresentando a Maia como um motor de desenvolvimento económico e um dos principais exportadores do país. Com o lema “Maia em Primeiro”, o autarca destaca o crescimento da cidade e a sua capacidade de atrair investimento. Silva Tiago promete continuar a trabalhar para a melhoria da habitação e mobilidade, com a construção de 734 novas casas e a expansão da rede de metro até 2030.
Por outro lado, o Partido Socialista (PS) apresenta José Manuel Ribeiro, que deixa a presidência da Câmara de Valongo para concorrer na Maia. Ribeiro acredita que a cidade é um “gigante adormecido” e critica a atual gestão por priorizar o urbanismo em detrimento das necessidades dos cidadãos. O socialista defende a implementação de políticas que beneficiem diretamente os maiatos, incluindo a promoção de habitação cooperativa e a isenção de taxas municipais.
Além de António Silva Tiago e José Manuel Ribeiro, outros candidatos também se juntam à corrida. Carlos Luís Ramalhão, do Bloco de Esquerda, propõe um gabinete de apoio para habitação cooperativa, enquanto Joana Machado, da CDU, quer criar uma bolsa de terrenos municipais e garantir refeições gratuitas para crianças. O Chega, através de André Almeida, promete uma auditoria às contas da Câmara, enquanto António Fonseca, do Iniciativa Liberal, quer desafiar o bipartidarismo e reorganizar as prioridades da autarquia.
A luta pelo poder na Maia está acesa, com cada candidato a tentar apresentar a melhor proposta para conquistar o eleitorado. A habitação e a mobilidade são temas centrais nas campanhas, refletindo as preocupações da população. Com a coligação PSD/CDS-PP a ter obtido 40,42% dos votos nas últimas eleições, a oposição vê esta como uma oportunidade para mudar a cor dos Paços do Concelho.
A decisão sobre o futuro da Maia será tomada a 12 de outubro, quando os eleitores terão a oportunidade de decidir se mantêm o legado do PSD ou se optam por uma nova liderança. Leia também: O que está em jogo nas autárquicas de 2023.
autárquicas Maia autárquicas Maia autárquicas Maia autárquicas Maia autárquicas Maia Nota: análise relacionada com autárquicas Maia.
Leia também: BluAct apoia startups da economia azul com 10 mil euros
Fonte: ECO





