O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou a sua opinião sobre o tratamento dos detidos na flotilha para Gaza, afirmando que este reflete a “irritação” das autoridades israelitas em relação ao reconhecimento do Estado da Palestina por vários países, incluindo Portugal. Durante uma conferência na Universidade Lusófona, em Lisboa, o chefe de Estado explicou que os cidadãos de países que não reconheceram a Palestina, como Itália, foram os primeiros a ser libertados.
Marcelo destacou que a reação do ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, foi “muito a quente”, especialmente em relação aos nacionais de países que apoiaram o reconhecimento do Estado Palestiniano. Além disso, o Presidente sublinhou que houve “muitos problemas” na receção dos detidos, uma vez que não existiam estruturas adequadas para acolher o elevado número de pessoas.
“Houve uma mistura de não se esperar tanta gente, não se esperar naquelas circunstâncias e a falta de estruturas de acolhimento”, afirmou Marcelo. Ele também mencionou que a irritação de Israel estava relacionada com o reconhecimento do Estado Palestiniano por alguns países, enquanto um processo de paz parecia estar a ser negociado.
O Presidente acompanhou de perto a viagem da Flotilha Global Sumud, que se dirigia a Gaza com ajuda humanitária e na qual seguiam quatro portugueses, incluindo a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua. Marcelo relatou que esteve em contacto constante com o ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, que o informava várias vezes ao dia sobre a situação.
Questionado sobre as críticas do Bloco de Esquerda à falta de informação do Governo português durante este processo, Marcelo optou por não comentar questões políticas. Contudo, garantiu que a embaixadora e o cônsul em Israel estavam sempre preocupados e a intervir nas situações complicadas que surgiam.
“Era o Estado português a intervir”, concluiu o Presidente, reafirmando o compromisso do Governo em proteger os seus cidadãos.
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Fonte: ECO





