A economia global tem demonstrado um desempenho superior ao esperado, mas ainda enfrenta desafios significativos. Esta foi a mensagem transmitida por Kristalina Georgieva, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), durante um discurso em Washington. Georgieva sublinhou que, apesar da resiliência da economia global, os resultados não são suficientes para assegurar um crescimento robusto.
No seu discurso, que antecede as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, agendadas para a próxima semana, a diretora do FMI afirmou que a economia global “resistiu a tensões agudas” e está a apresentar um crescimento “melhor do que o esperado, mas não tão bem quanto o necessário”. O próximo relatório anual do FMI, que será divulgado na terça-feira, deverá estimar um crescimento global de cerca de 3% no médio prazo. Este valor está em linha com os anos anteriores, mas ainda abaixo dos 3,7% registados antes da pandemia.
Georgieva também fez referência a previsões anteriores que indicavam uma possível recessão de curto prazo nos Estados Unidos, uma situação que não se concretizou. A economia americana, assim como a de muitos outros países, tanto avançados como emergentes, conseguiu manter-se estável. Entre os fatores que contribuíram para esta resiliência estão as tarifas mais baixas do que o inicialmente previsto e condições financeiras que sustentam a atividade económica.
Contudo, a diretora do FMI não deixou de alertar para os sinais de alerta que podem comprometer a economia global. Apesar da resiliência demonstrada até agora, Georgieva destacou que esta ainda não foi completamente testada. Um dos sinais preocupantes é o aumento da procura global por ouro, um indicador tradicional de incerteza económica. Além disso, a possibilidade de tarifas elevadas continuar a pressionar a inflação é uma preocupação que não pode ser ignorada.
A mensagem de Georgieva é clara: a economia global pode estar a mostrar sinais de força, mas os riscos persistem e exigem atenção. O futuro do crescimento económico dependerá da capacidade de enfrentar esses desafios. Leia também: O impacto das tarifas na economia global.
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Fonte: Sapo





