Spinumviva marca campanha eleitoral em Lisboa e Porto

A campanha eleitoral nas cidades de Lisboa e Porto está a ser fortemente influenciada pelo caso Spinumviva, que voltou a ganhar destaque nas últimas semanas. O social-democrata Luís Montenegro, presidente do PSD, enfrenta críticas relacionadas com a empresa da sua família, enquanto a socialista Alexandra Leitão e a bloquista Mariana Mortágua se destacam nas ruas da capital. Em Lisboa, a primeira aparição conjunta de Leitão e Mortágua foi marcada por um aceso debate com o atual presidente da câmara, Carlos Moedas, que acusou a oposição de promover um “projeto de ódio”.

No Porto, a situação não é menos tensa. Uma sondagem recente revelou um empate técnico entre Pedro Duarte, do PSD, e Manuel Pizarro, do PS, o que intensificou a disputa. Montenegro, durante um evento em Castelo Branco, afirmou que a cooperação entre o Governo e as câmaras municipais será mais eficaz se os objetivos estiverem alinhados. Contudo, a sombra do caso Spinumviva continua a pairar sobre a campanha, com o Ministério Público a investigar denúncias relacionadas com a empresa familiar de Montenegro.

José Luís Carneiro, do PS, alertou para a importância da participação cívica ao longo do mandato, enfatizando que a democracia vai além do voto. Em contrapartida, André Ventura, do Chega, não hesitou em criticar o Executivo, responsabilizando-o pela insegurança no país e acusando-o de desviar a atenção do caso Spinumviva.

A proposta do Orçamento do Estado, que será apresentada antecipadamente, também foi tema de debate. Montenegro criticou o Governo por utilizar o orçamento como uma ferramenta de campanha, afirmando que “não é com o dinheiro dele, mas sim com o dos contribuintes”. A antecipação da proposta foi vista por Carneiro como uma forma de evitar que coincidisse com o encerramento da campanha autárquica.

O caso Spinumviva, que já levou a eleições antecipadas, voltou a ser um ponto central na corrida eleitoral. O Ministério Público está a analisar as queixas relacionadas com a empresa, e a Procuradoria-Geral da República sublinhou que ainda não há uma decisão final sobre a abertura de um inquérito-crime. Montenegro expressou a sua indignação face às notícias e pediu que o Ministério Público se comunique diretamente com ele.

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Enquanto isso, em Lisboa, Leitão e Mortágua visitaram um centro de apoio social, onde a candidata socialista criticou a gestão da cidade, apontando para problemas como a falta de habitação e a acumulação de lixo. Moedas, por sua vez, acusou a coligação de esquerda de estar refém do Bloco de Esquerda, tentando atrair votos do PS moderado.

No Porto, a disputa entre os candidatos intensificou-se, com Duarte a afirmar que não é necessário um acordo de governação para garantir estabilidade. Pizarro, por sua vez, lembrou que apresentou o seu programa de habitação em julho, enquanto acusou Duarte de ter um “plano secreto”. A corrida eleitoral está, assim, marcada por um clima de tensão e incerteza, com o caso Spinumviva a ser um tema recorrente nas campanhas.

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Fonte: ECO

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