Campanha eleitoral: Orçamento do Estado ofusca autárquicas

A campanha eleitoral para as autárquicas de domingo foi marcada pela apresentação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2026, que acabou por ofuscar as ações dos candidatos. Joaquim Miranda Sarmento, do PSD, dirigiu-se ao Parlamento para entregar a proposta, enquanto José Luís Carneiro, líder do PS, aproveitou o penúltimo dia de campanha para reforçar a importância da reconquista de cidades como Porto e Lisboa.

Carneiro destacou que a liderança de Manuel Pizarro é fundamental para o PS, que se apresenta como a “grande casa da democracia”. O secretário-geral do PS sente que há um “amplo movimento da sociedade civil” em torno do partido, o que considera um sinal positivo para as eleições. Por outro lado, Luís Montenegro, do PSD, focou-se na proposta orçamental, realizando apenas dois comícios noturnos.

André Ventura, do Chega, também se fez ouvir, prometendo “tolerância zero à corrupção” por parte dos autarcas que venham a ser eleitos. Em Lisboa, a candidata do PS, Alexandra Leitão, recebeu o apoio de Fernando Medina, ex-autarca, que sublinhou a importância do voto útil. Rui Tavares, do Livre, rejeitou a ideia de que o seu partido se tornará uma extensão do PS, apelando ao “voto responsável”.

A proposta de Orçamento do Estado para 2026, apresentada um dia antes do prazo, inclui várias medidas que têm gerado controvérsia. José Luís Carneiro afirmou que o documento corresponde às exigências do PS, abordando questões laborais e de saúde. No entanto, André Ventura levantou dúvidas sobre a tributação dos combustíveis, prometendo que o Chega não aceitará aumentos nesta área.

O PCP manifestou a sua oposição à proposta, acusando o PS e o Chega de agravarem as injustiças fiscais. A deputada do Livre, Patrícia Gonçalves, criticou a proposta por ser uma tentativa de “condicionar” o debate autárquico.

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Os números do Orçamento do Estado são significativos: os municípios receberão 3.227,6 milhões de euros através do Fundo de Equilíbrio Financeiro, que representa a parte que cabe a estas autarquias nos impostos cobrados pelo Estado. Além disso, as autarquias receberão 759,1 milhões de euros relativos à participação no IRS e 127,5 milhões de euros do IVA.

Com a campanha a chegar ao fim, os candidatos tentam captar os votos que podem fazer a diferença. A proposta de Orçamento do Estado para 2026 continua a ser um tema quente, influenciando as estratégias dos partidos e as expectativas dos eleitores.

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Fonte: ECO

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