O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que, a partir de 1 de novembro de 2025, serão impostas tarifas de 100% sobre as importações de produtos chineses, além das tarifas já em vigor. Esta medida eleva o total das tarifas aplicadas à China para 130% e representa um novo ponto de tensão nas relações entre as duas maiores economias do mundo, que já enfrentaram uma escalada comercial nos últimos meses.
Trump fez o anúncio através da sua rede social, a Truth Social, afirmando que a decisão poderá ser antecipada, dependendo de ações futuras da China. Esta medida surge em resposta a restrições impostas pela China às exportações de minerais raros, fundamentais para várias indústrias norte-americanas, incluindo a automóvel e a defesa. Aproximadamente 70% destes minerais provêm da China e, a partir de 1 de dezembro, as empresas chinesas precisarão de uma licença para exportar produtos que contenham mais de 0,1% desses minerais.
A tensão entre os EUA e a China tem vindo a aumentar, com Trump a afirmar que não vê razão para se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping, devido às “medidas comerciais extremamente hostis” adotadas por Pequim. Nos últimos dias, a China implementou taxas portuárias sobre navios norte-americanos, suspendeu a compra de soja dos EUA e intensificou o controlo sobre a exportação de minerais. Além disso, foi iniciada uma investigação antitruste contra a Qualcomm, uma empresa que viu as suas ações caírem 7,33% na bolsa de Nova Iorque.
O prazo até ao final deste mês poderá ser crucial para que ambas as partes voltem à mesa de negociações e evitem uma nova guerra comercial. As bolsas de valores norte-americanas já sentiram o impacto da ameaça de Trump, com o índice S&P 500 a cair 2,71% e o Nasdaq a perder 3,56%, o pior dia desde abril. O Dow Jones também registou uma queda de 1,9%.
Em abril, EUA e China tinham avançado com negociações na Suíça e no Reino Unido, onde as tarifas sobre os produtos chineses tinham atingido 145% e a China retaliou com 125% sobre os produtos americanos. O acordo final resultou em tarifas de 30% sobre as importações chinesas e 10% sobre os bens americanos no mercado chinês. A atual situação levanta preocupações sobre o futuro das relações comerciais entre os dois países e o impacto que isso poderá ter na economia global.
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Fonte: ECO





