Desaceleração moderada do emprego prevista para o segundo semestre

O mercado de trabalho em Portugal tem mostrado uma tendência de recuo no desemprego ao longo deste ano, mas as perspetivas para a segunda metade de 2023 não são tão otimistas. Nuno Troni, diretor de negócios da Search & Selection da Gi Group Holding Portugal, alerta para uma “desaceleração moderada do emprego”. Segundo ele, embora o primeiro semestre tenha apresentado sinais positivos, as projeções do Banco de Portugal indicam um menor ritmo de crescimento e uma estabilização na taxa de desemprego.

Troni explica que as recentes alterações ao Código do Trabalho podem ter um impacto significativo nas previsões para o segundo semestre. Estas mudanças aumentam a complexidade administrativa e exigem um planeamento mais rigoroso por parte das empresas. “Este cenário leva muitas organizações a adotar uma postura mais cautelosa na criação de novos postos de trabalho, refletindo na desaceleração do crescimento do emprego, mesmo em setores que continuam dinâmicos”, afirma.

Apesar deste cenário, a procura por talento altamente especializado deverá persistir. O foco das empresas estará em processos de recrutamento “mais seletivos e estratégicos”, direcionados para funções que tenham um “impacto direto” nos negócios. Áreas como analytics, cibersegurança e fintechs continuarão a ser as mais procuradas, consolidando-se como motores de transformação económica até ao final do ano.

Nuno Troni também antecipa “alguma pressão salarial” em funções críticas, resultado da escassez de profissionais que combinem certificações técnicas e experiência operacional. O Instituto Nacional de Estatística reporta que a taxa de desemprego em Portugal se manteve historicamente baixa nos primeiros meses do ano, começando em 6,2% em janeiro e atingindo 6,0% em junho, com uma média trimestral de 5,9%.

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No primeiro semestre de 2023, a Gi Group Holding Portugal, que opera na área de recrutamento especializado, registou um aumento significativo no número de pedidos de colocação, com um crescimento de 121,4% em comparação com o ano anterior. O número de profissionais colocados também subiu cerca de 72%, refletindo a dinâmica do mercado.

Os setores mais ativos incluem a construção, tecnologia da informação e fintech, com perfis como engenheiros de processo, supervisores de produção, técnicos de ambiente e segurança, e especialistas em cibersegurança a serem os mais procurados.

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Fonte: Sapo

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