Sudão: UNICEF confirma 17 crianças mortas em ataque em El Fasher

A UNICEF confirmou que, no passado sábado, pelo menos 17 crianças perderam a vida e 21 ficaram feridas em El Fasher, no oeste do Sudão, devido a um ataque atribuído às Forças de Apoio Rápido (RSF). Este ataque a um centro de acolhimento resultou na morte de cerca de 60 civis. A organização classificou o incidente como “devastador”, enfatizando que “matar e ferir crianças constitui uma grave violação dos seus direitos, e atacar civis em locais que deveriam oferecer segurança é inadmissível”.

As RSF, por sua vez, negaram qualquer envolvimento, afirmando que as acusações são “totalmente falsas” e parte de uma campanha de desinformação. Afirmaram ainda que os relatos de civis mortos são desmentidos por testemunhos de pessoas que receberam abrigo seguro através das suas forças.

A ONU recorda que El Fasher esteve sob cerco das RSF durante mais de 500 dias, com severas restrições à circulação e ao acesso a alimentos, água e cuidados médicos. A população civil, incluindo crianças, tem sido alvo de bombardeamentos repetidos, o que agravou as condições de vida na região.

De acordo com a Coordenação dos Comitês de Resistência, um grupo civil que documenta as atrocidades do conflito, o ataque ao centro de deslocados Dar al-Arqam envolveu o uso de drones e disparos de artilharia. Muitas vítimas, incluindo crianças, mulheres e idosos, ficaram carbonizadas, e os corpos permaneceram presos em abrigos subterrâneos, levando a organização a descrever o incidente como um “massacre”.

Na sexta-feira, Volker Turk, Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, denunciou os massacres recentes em El Fasher, incluindo execuções sumárias de caráter étnico. Turk alertou que, apesar dos apelos para a proteção especial de civis, os paramilitares continuam a matar, ferir e deslocar populações, atacando hospitais, mesquitas e abrigos para deslocados, em total desrespeito pelo direito internacional.

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O conflito, que teve início a 15 de abril de 2023 entre o exército sudanês e as RSF, já causou dezenas de milhares de mortos e mais de 14 milhões de deslocados, mergulhando o Sudão na “pior crise humanitária do mundo”, segundo a ONU. Até agora, todas as tentativas de diálogo falharam.

Turk apelou à comunidade internacional para que tome medidas urgentes para proteger os civis e evitar novas atrocidades em Darfur. A recente condenação de um líder miliciano pelo Tribunal Penal Internacional deve servir como um alerta de que não haverá impunidade para crimes contra civis.

Leia também: A situação humanitária no Sudão e as suas implicações globais.

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Fonte: Sapo

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