As recentes eleições autárquicas em Portugal marcaram uma mudança significativa no panorama político do país. Com uma participação elevada, a abstenção ficou em torno dos 40%, o que demonstra um interesse renovado dos cidadãos nas questões locais. O PSD destacou-se como o partido mais votado, algo que não acontecia desde 2009, e o Chega fez história ao conquistar câmaras pela primeira vez.
Luís Montenegro, líder do PSD, celebrou a vitória, que se junta às conquistas do partido nas últimas legislativas. Esta vitória nas autárquicas é um sinal claro de que o PSD está a recuperar terreno, somando mais de 1,9 milhões de votos, incluindo coligações. Além de ser o partido mais votado, o PSD obteve também o maior número de presidências de câmaras municipais e juntas de freguesia.
O Chega, por sua vez, estreou-se nas autarquias com vitórias em locais como São Vicente, na Madeira, Entroncamento e Albufeira. Este crescimento do Chega reflete uma fragmentação do voto, que se traduziu numa descida do número de maiorias absolutas, que agora representam 75,6% do total de câmaras. O PCP, por outro lado, continua a perder influência nas autarquias.
A coligação liderada por Carlos Moedas em Lisboa também teve um desempenho notável, aumentando a votação em comparação com 2021. O Chega conseguiu eleger dois vereadores na capital, enquanto a CDU conseguiu apenas um. A saída de Rui Moreira da Câmara Municipal do Porto, após atingir o limite de mandatos, deixou a câmara em aberto, e as sondagens indicavam uma corrida renhida, que se confirmou nas votações.
Uma das surpresas desta eleição foi o aumento da participação eleitoral, que subiu em relação às eleições de 2021. Este aumento é um sinal positivo para a democracia local e para a importância que os cidadãos atribuem às suas autarquias. As eleições autárquicas revelam-se, assim, um reflexo das dinâmicas políticas e sociais em Portugal.
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Fonte: ECO





