Luísa Amorim, empreendedora à frente das sociedades Quinta Nova – Nossa Senhora do Carmo e Taboadella, é a convidada do próximo episódio do podcast “E Se Corre Bem?”. Nascida numa família de investidores, Luísa decidiu seguir um caminho diferente, arriscando-se no setor do vinho. Para ela, a ligação à natureza sempre foi forte, especialmente através da cortiça, o que facilitou a sua transição para este novo desafio.
Formada em Direção Hoteleira e Marketing nos Estados Unidos, Luísa acredita que a criatividade é uma parte essencial do seu ADN. Embora tenha viajado bastante, considera que o verdadeiro conhecimento do mundo vem também da leitura. “Ter mundo é fundamental para perceber o que queremos e quais são as nossas aptidões naturais para desenvolver um negócio”, afirma.
A sua paixão pelo vinho surgiu durante as suas viagens, onde encontrou inspiração. Ao longo de 20 anos, Luísa testemunhou uma transformação significativa no setor. “O Douro era apenas um destino postal. Hoje, é um destino turístico vibrante”, explica, referindo-se ao potencial do enoturismo em Portugal.
Luísa destaca a importância da persistência no mundo dos negócios. “Tenho mais persistência do que paciência”, confessa. Apesar de nunca ter desejado ser enóloga, aprecia o estudo dos vinhos e a arte de criar lotes. Com uma equipa de quase 100 pessoas, acredita que a consistência é a chave para a produção de bons vinhos. “Não se criam bons vinhos se os enólogos estão sempre a mudar”, sublinha.
O peso do apelido Amorim foi uma realidade que Luísa sentiu na juventude. “Demorei algum tempo a adaptar-me ao percurso profissional do meu pai”, recorda. Reconhece que as expectativas dos jovens mudaram, mas enfatiza que é crucial ouvir as histórias dos outros e entender as diferentes realidades.
Luísa também aborda a burocracia que envolve o empreendedorismo em Portugal. “Viver num país altamente burocrático torna difícil abrir uma empresa. É preciso ser persistente”, afirma. Ela acredita que o empreendedorismo é vital para o futuro do país e apela aos jovens que emigraram para que regressem e contribuam para o desenvolvimento do setor.
“Antes de sermos grandes, temos de ser pequenos”, diz Luísa, enfatizando que todas as grandes ideias começam com um pequeno passo. Para ela, o espírito de criação e a vontade de persistir são fundamentais para o sucesso no mundo empresarial.
Este episódio do podcast “E Se Corre Bem?” está disponível no Spotify e na Apple Podcasts, uma iniciativa do ECO que visa inspirar os ouvintes a arriscar e a acreditar nas suas capacidades. Leia também: O impacto do enoturismo no crescimento do setor vitivinícola em Portugal.
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Fonte: ECO
