A Lyten, uma startup californiana focada no desenvolvimento de baterias de lítio-enxofre, está a ganhar destaque no mercado europeu após a aquisição de todos os ativos da falida Northvolt. Esta última, que era considerada a maior aposta da Europa no setor das baterias, entrou em insolvência no início deste ano, deixando para trás uma dívida de 8 mil milhões de dólares. A Lyten anunciou a compra dos ativos da Northvolt na Europa a um preço significativamente reduzido, o que representa uma oportunidade para a empresa americana expandir a sua presença no continente.
Com a compra, a Lyten adquiriu as unidades Northvolt Ett, Ett Expansion e Northvolt Labs na Suécia, bem como a Northvolt Drei na Alemanha, além de propriedade intelectual valiosa. Esta aquisição surge apenas cinco meses após a Northvolt ter declarado falência, após perder encomendas e o apoio de investidores.
A Lyten tem como objetivo desenvolver baterias de lítio-enxofre, uma tecnologia que, apesar de antiga, tem sido pouco explorada. As baterias de lítio-enxofre prometem ser mais leves e menos dependentes de minerais raros, como o cobalto, que é escasso. A empresa aposta em “supermateriais” para melhorar a eficiência e durabilidade das suas baterias, destacando-se o 3D Graphene, um material inovador que pode aumentar significativamente a performance das baterias.
Desde a sua fundação, a Lyten tem vindo a estabelecer parcerias com grandes empresas e a receber financiamento substancial. Em 2022, a empresa expandiu a sua unidade de produção na Califórnia, e em 2023, foi reconhecida pela revista Time como uma das principais empresas de tecnologia limpa. O CEO da Lyten, Dan Cook, tem como meta reconquistar antigos clientes da Northvolt, como a Volkswagen, enquanto a Stellantis, que possui uma participação na empresa, aguarda provas da capacidade de produção da Lyten.
Apesar do otimismo, o futuro da Lyten não está isento de desafios. Especialistas alertam que a produção em larga escala de baterias de lítio-enxofre pode não ser viável para a indústria automóvel até 2030. A empresa enfrenta ceticismo por parte dos fabricantes de automóveis, que esperam resultados consistentes antes de se comprometerem com a nova tecnologia.
A Lyten está determinada a avançar com a sua visão, mantendo a produção de baterias de iões de lítio enquanto desenvolve a sua tecnologia de lítio-enxofre. A capacidade de inovar e superar as limitações atuais será fundamental para o sucesso da empresa no competitivo mercado de baterias. Leia também: O futuro das baterias: inovação e sustentabilidade.
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Fonte: ECO





