Após as eleições autárquicas de domingo, os principais partidos políticos em Portugal, nomeadamente o PSD, o PS e o PCP, preparam-se para reunir e avaliar os resultados obtidos. O desempenho variado nas urnas levou a uma estratégia comum: a análise detalhada dos resultados autárquicos.
O PSD, liderado por Luís Montenegro, realiza uma reunião da sua comissão permanente esta manhã em Lisboa. Este encontro, agendado para as 10h30, contará com a presença da primeira vice-presidente do partido, Leonor Beleza, que deverá fazer uma declaração à imprensa após a reunião. O núcleo duro do PSD inclui também os seis vice-presidentes, o secretário-geral e o líder parlamentar, Hugo Soares, além do coordenador nacional autárquico, Pedro Alves.
Por sua vez, o PS também se prepara para discutir os resultados das autárquicas e a sua posição em relação ao Orçamento do Estado para 2026. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, terá uma reunião com a direção da bancada parlamentar ao final da manhã, seguida de um encontro com os deputados do partido na Assembleia da República. À noite, a Comissão Política Nacional do PS reunirá no Largo do Rato para continuar a análise dos resultados autárquicos e discutir o OE2026.
O PCP, por sua vez, convocou o seu Comité Central para esta terça-feira, onde irá avaliar os resultados das eleições autárquicas. A CDU, coligação do PCP, sofreu uma significativa perda, ficando com apenas 12 autarquias e sem qualquer capital de distrito. O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, apresentará as conclusões da reunião em conferência de imprensa às 18h00 na sede do partido em Lisboa.
Os resultados preliminares indicam que o PSD foi o grande vencedor das eleições autárquicas, conseguindo eleger 136 presidentes de câmara, um aumento significativo em relação às eleições de 2021, onde tinha conquistado 114. O partido obteve cerca de 1,9 milhões de votos, representando 34,31% do total. Com esta vitória, o PSD inverteu a liderança do poder local, superando o PS em número de câmaras e freguesias, o que lhe permitirá liderar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP).
O PS, por outro lado, viu a sua influência autárquica diminuir, passando de 149 para 128 câmaras, perdendo a liderança da ANMP para o PSD. O partido não conseguiu conquistar as principais cidades, como Lisboa e Porto, o que representa um revés significativo para a sua estratégia política.
A CDU, que já tinha enfrentado dificuldades nas eleições anteriores, obteve o pior resultado da sua história, reduzindo o número de câmaras de 19 para 12. A coligação perdeu importantes capitais de distrito, como Évora e Setúbal, e manteve apenas algumas câmaras, como Seixal e Sesimbra.
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Fonte: ECO





