O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, anunciou uma “abstenção exigente” em relação ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026). Esta decisão visa “assegurar a estabilidade política” do país, apesar das críticas à proposta orçamental apresentada pelo Governo.
O anúncio foi feito após uma reunião da Comissão Política Nacional do PS, que se prolongou até de madrugada, e que seguiu uma discussão prévia com o grupo parlamentar do partido sobre a sua posição face ao OE2026. Carneiro destacou que houve uma “manifestação geral de apoio” à sua proposta de abstenção, que ele descreveu como “exigente”, sublinhando que o orçamento em questão “não é do PS”.
O líder do PS também fez questão de realçar a “unanimidade” entre os membros do partido quanto aos “resultados muito positivos” obtidos nas recentes eleições autárquicas. Embora tenha reconhecido a existência de “leituras diferentes” sobre os resultados, defendeu que, como líder, tem a responsabilidade de “puxar pelo moral das tropas”.
Em declarações aos jornalistas, após a longa reunião, Carneiro afirmou que “é sempre possível” haver diferentes interpretações dos resultados eleitorais, mas reforçou que tanto o grupo parlamentar como a Comissão Política Nacional concordaram quanto aos resultados positivos do PS, especialmente considerando o contexto nacional. O partido conquistou 1,8 milhões de votos, além de nove capitais de distrito e a maioria das câmaras na área metropolitana de Lisboa.
Carneiro frisou que, apesar de ter enfrentado desafios, como a substituição de 50 presidentes de Câmara, o PS continua a ser uma força competitiva no eleitorado urbano. “O Partido Socialista tem razões para estar confiante enquanto principal alternativa política à AD”, afirmou, destacando a importância de se afirmar como uma alternativa política nacional.
Sobre as diferentes visões dentro do partido, incluindo críticas do seu antecessor, Pedro Nuno Santos, Carneiro afirmou que vê essas opiniões “com muita naturalidade”. “Entre os otimistas e os pessimistas, eu sou um realista otimista”, concluiu.
Nas eleições autárquicas, o PS perdeu a sua posição como principal força autárquica em Portugal, ficando com a presidência de 128 câmaras, duas delas em coligação, em comparação com as 149 câmaras que detinha em 2021. Esta mudança resultou na perda da liderança da ANMP para o PSD e na falha em conquistar as câmaras de Lisboa e Porto.
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Fonte: ECO





