As eleições autárquicas em Portugal revelaram que o partido Chega poderá ter um papel decisivo na governação de sete dos dez municípios mais populosos do país. Entre as cidades mais afetadas estão Lisboa, Cascais, Amadora e Porto. Por outro lado, Loures, Braga e Matosinhos são exceções, onde os executivos camarários não necessitam de dialogar com os vereadores do Chega, liderado por André Ventura.
Um dos casos mais emblemáticos é o da Amadora, onde a situação é particularmente delicada. O Partido Socialista (PS) e a coligação liderada pelo PSD possuem cada um quatro vereadores, o que significa que a presença do Chega, com dois mandatos, poderá ser crucial para desempatar a situação. Neste cenário, a CDU, que tem um vereador, não será suficiente para garantir a continuidade do PS na liderança da câmara.
Além disso, a contagem de votos em Lisboa está a gerar alguma controvérsia. Uma situação em São Domingos de Benfica, onde 62 votos de eleitores que votaram antecipadamente estão em dúvida, poderá alterar a distribuição de lugares de vereador na capital. A assembleia geral de apuramento vai decidir se estes votos serão contabilizados ou não, o que poderá afetar diretamente a representação do Chega e da CDU. Na última contagem, o Chega conseguiu o último dos 17 vereadores, com uma diferença de apenas 11 votos em relação à CDU.
Por outro lado, a multinacional Teleperformance anunciou um despedimento coletivo de 240 trabalhadores em Portugal, abrangendo as suas delegações em Vila Nova de Gaia, Lisboa e Covilhã. A empresa justificou a decisão como uma medida para “promover a sua adequação organizacional ao atual ambiente empresarial”. Os trabalhadores foram informados do despedimento por videoconferência, incluindo chefias intermédias e algumas funcionárias grávidas. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV) criticou a forma como a situação foi gerida.
Por fim, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) deu luz verde para que a administração de Virgílio Lima continue à frente da Montepio Geral até 2029. Esta decisão permite que a equipa, que sofreu algumas mudanças, assuma funções após as eleições de dezembro. Virgílio Lima, que está no cargo desde 2019, poderá completar uma década à frente da associação que controla o Banco Montepio.
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Fonte: ECO





