Estado da inovação na Europa é “dramático”, alerta economista

O recente prémio Nobel da Economia, atribuído a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, trouxe à tona a preocupação com o estado da inovação na Europa. O economista Nuno Palma, professor na Universidade de Manchester, descreve a situação como “absolutamente dramática e triste”. Segundo ele, a Europa está a ficar para trás na corrida tecnológica, o que pode comprometer o crescimento económico da região.

Nuno Palma sublinha que a falta de grandes empresas tecnológicas na Europa é alarmante. “A Europa não tem grandes empresas tecnológicas e está a perder terreno em termos científicos e académicos”, afirma. Esta situação é particularmente preocupante para Portugal, que, segundo o economista, se encontra na mesma posição de há 100 anos, na cauda da Europa.

A distinção Nobel destaca a importância da relação entre investigação universitária e inovação. Nuno Palma explica que as empresas não realizam investigação científica fundamental, mas esta é crucial para o avanço tecnológico. “A investigação fundamental deve ser feita nas universidades ou institutos de investigação, e a Europa está a ficar completamente para trás nesse aspecto”, lamenta.

Desde a saída do Reino Unido da União Europeia, a situação parece ter piorado. “Não há nenhuma universidade europeia entre as melhores do mundo. A Europa está a seguir um caminho péssimo e isto não vai acabar bem”, alerta Palma. Para ele, a falta de um sistema de incentivos meritocráticos nas universidades é um dos principais entraves ao progresso científico na Europa.

“A Europa precisa de uma estrutura que promova a meritocracia, que elimine quem não presta e atraia os melhores”, defende. Esta crítica estende-se também às instâncias políticas, onde a falta de responsabilidade direta dos líderes é notória. “Ninguém votou diretamente na presidente da Comissão Europeia ou no presidente do Conselho Europeu”, critica.

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Em relação a Portugal, Nuno Palma mantém um discurso pessimista. “Portugal é o país mais atrasado da Europa Ocidental, tanto em termos económicos como científicos, e essa situação não mudou desde o 25 de abril”, afirma. Ele conclui que, enquanto a Europa avança, Portugal permanece estagnado, o que o coloca em último lugar em relação ao resto do continente.

Leia também: O impacto das universidades na inovação em Portugal.

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Fonte: ECO

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