O comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis, alertou esta quarta-feira que França precisa de tomar medidas para cumprir os seus compromissos orçamentais. A suspensão da reforma da Segurança Social, anunciada pelo primeiro-ministro francês, poderá ter “consequências orçamentais significativas”. Durante uma entrevista em Washington à agência de notícias France-Presse, Dombrovskis sublinhou a importância de garantir a redução do défice público.
“Estamos a acompanhar atentamente os debates sobre o orçamento francês, especialmente as implicações da suspensão da reforma da Segurança Social”, afirmou. O comissário europeu destacou que é crucial que o governo francês apresente propostas abrangentes para que a Comissão Europeia possa realizar uma avaliação adequada do cumprimento da trajetória orçamental, que visa reduzir o défice para 3% a médio prazo.
Apesar das dificuldades, Dombrovskis mostrou-se otimista em relação ao orçamento de França para este ano, considerando que, em geral, está dentro das expectativas, mesmo que tenha sido adotado de forma tardia e caótica. “Sabemos que o Governo está a trabalhar para garantir que cumpre o orçamento previsto para 2026. No entanto, precisamos de ver propostas concretas e entender todas as implicações orçamentais”, insistiu.
Dombrovskis encontra-se em Washington para participar nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, que decorrem até ao final da semana, bem como nas reuniões do G20 e do G7. Este evento oferece uma oportunidade para discutir questões económicas globais, incluindo a guerra na Ucrânia e a necessidade de aumentar a pressão financeira sobre a Rússia, ao mesmo tempo que se apoia a Ucrânia na sua reconstrução pós-guerra.
O comissário europeu mencionou que estão a ser preparadas leis de reparações a nível europeu, que permitirão utilizar as receitas geradas pelos bens russos congelados. “Incentivamos os nossos parceiros a considerar o que podem fazer com os ativos que se encontram nos seus territórios”, afirmou. Dombrovskis revelou que o Reino Unido e o Canadá já mostraram disponibilidade para colaborar com a União Europeia, e agora aguardam uma resposta concreta dos Estados Unidos e do Japão.
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Fonte: ECO





