A rede de coworking Sitio está prestes a inaugurar um novo espaço em Lisboa, no Rossio, com mais de 1.700 metros quadrados e capacidade para mais de 210 postos de trabalho. Miguel Ricardo, managing partner do Sitio, revelou em entrevista que estão a trabalhar com parceiros para estabelecer um ou dois hubs temáticos neste novo local. Entre os potenciais colaboradores está a Unicorn Factory Lisboa, já parceira em outros projetos como o IA Hub e o Web3 Hub.
Ricardo explicou que as negociações estão em andamento, mas ainda não há informações definitivas sobre quais hubs poderão ser criados. “Estamos com uma ou duas opções já bastante avançadas em termos de negociação, mas como ainda não está fechado, não posso divulgar quais são os hubs”, afirmou.
Com 13 espaços sob gestão e um total de 20.000 metros quadrados, a rede Sitio está também a considerar a expansão do seu espaço em Guimarães e a explorar novas oportunidades no Porto. O Minho Innovation & Technology Hub (MIT), localizado em Guimarães, está a entrar numa nova fase de construção, e há uma grande probabilidade de expansão no mesmo edifício, aumentando a capacidade em cerca de 50%.
A procura por espaços de coworking em regiões como Guimarães e Porto tem crescido, especialmente devido aos elevados preços do imobiliário em Lisboa. Ricardo destacou que muitas empresas estão a optar por abrir escritórios em locais onde a contratação de talento é mais fácil, como em Guimarães, onde a proximidade com a Universidade do Minho é um fator atrativo.
Apesar do aumento da oferta de coworking em Lisboa, a procura continua a ser forte. Ricardo sublinhou que empresas que tradicionalmente utilizavam arrendamentos estão agora a considerar o modelo flexível de coworking. “A flexibilidade que oferecemos e a possibilidade de as empresas entrarem sem necessidade de fazer fit outs estão a atrair cada vez mais clientes”, disse.
O novo espaço no Rossio não será apenas um coworking, mas também um local para eventos e reuniões. O primeiro piso será dedicado a um ambiente social, enquanto os outros três andares albergarão escritórios fechados. A localização privilegiada e as características do edifício histórico prometem proporcionar um ambiente de trabalho único.
Ricardo também abordou o impacto das restrições de vistos e do aumento dos preços da habitação no perfil dos clientes. Embora a rede esteja a receber mais empresas em vez de nómadas digitais, a procura por espaços de coworking continua a ser robusta, especialmente entre empresas internacionais que se estão a deslocalizar para Portugal.
Em termos de futuras expansões, Ricardo afirmou que a Sitio está aberta a novas oportunidades, embora não esteja em busca ativa de novos projetos. “Estamos disponíveis para analisar se alguma oportunidade surgir”, concluiu.
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Fonte: ECO
