Perda de licenças pode comprometer 30 milhões a credores da Groundforce

A recente decisão do júri do concurso público para a atribuição das licenças de handling nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro levanta sérias preocupações sobre o futuro da Menzies Aviation em Portugal. O consórcio Clece/South recebeu a pontuação mais alta, o que pode colocar em risco o plano de recuperação da antiga Groundforce, que foi adquirida pela Menzies em 2024.

A SPdH, que opera sob a marca Groundforce, enfrentou uma grave crise financeira devido à paragem do tráfego aéreo durante a pandemia, levando à sua insolvência em agosto de 2021. Desde então, os administradores de insolvência apresentaram um plano de recuperação que foi aceite pelos credores em setembro de 2023. Este plano permitiu à Menzies adquirir 50,1% da empresa, enquanto a TAP ficou com 49,9%. O objetivo era garantir a continuidade da atividade e o pagamento faseado de 31 milhões de euros em dívidas até 2029.

Os principais credores da Groundforce incluem a ANA – Aeroportos de Portugal, que reclama 12 milhões de euros, seguida pelo Instituto da Segurança Social (3,4 milhões), TAP (3,1 milhões), Fidelidade (2,1 milhões) e BCP (2,03 milhões). No entanto, a possibilidade de a Menzies não renovar as licenças de handling por mais sete anos coloca em risco a sua capacidade de gerar os fluxos financeiros necessários para ressarcir os credores.

A Menzies Aviation foi notificada na quarta-feira sobre os resultados preliminares da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que indicam o consórcio Clece/South como vencedor. Contudo, o relatório ainda não é definitivo, e os concorrentes terão a oportunidade de se pronunciar em audiência prévia. A Menzies anunciou que irá recorrer da decisão, buscando garantir que o processo seja revisto de acordo com as regras do concurso.

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A situação gerou forte preocupação entre os sindicatos. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) expressou estar “estupefacto” com a falta de cumprimento dos pressupostos do plano de recuperação. O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) também manifestou preocupações sobre o futuro dos trabalhadores da Menzies.

As licenças atuais da Menzies expiram a 19 de novembro, mas a ANAC já solicitou ao Governo um prolongamento de um ano para evitar interrupções no serviço. A TAP, que é acionista da Menzies e também o seu principal cliente, poderá enfrentar dificuldades se as licenças forem atribuídas ao consórcio Clece/South, uma vez que esta empresa é a responsável pelo handling da Iberia, concorrente da TAP.

A falência da SPdH não só comprometeria os postos de trabalho, mas também significaria a perda de 49,9% de um ativo onde a TAP já investiu cerca de oito milhões de euros. A situação é, portanto, crítica e merece acompanhamento atento.

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Fonte: ECO

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