A SDR Portugal, responsável pelo Sistema de Depósito e Reembolso de embalagens não reutilizáveis, tem como objetivo alcançar um nível de notoriedade comparável ao das maiores marcas em Portugal. A nova entidade, que começará a operar obrigatoriamente em 2026, pretende sensibilizar os consumidores para a importância da reciclagem e da economia circular.
Lia Oliveira, a nova diretora de comunicação e marketing da SDR Portugal, sublinha que a estratégia de comunicação será dividida em três fases: sensibilização, apelo à ação e consolidação. O foco inicial será educar o público sobre o funcionamento do sistema e a necessidade de devolver as embalagens de bebidas, que incluem plásticos e latas. A SDR Portugal estima uma taxa de conversão de 90%, um objetivo ambicioso que requer um forte investimento em comunicação.
O sistema de depósito já é uma realidade em mais de 100 países, incluindo 16 na Europa, e a SDR Portugal pretende seguir este modelo para garantir uma gestão eficaz das embalagens. Oliveira explica que, ao criar um circuito dedicado para a recolha e reciclagem, será possível manter o valor das embalagens e assegurar a sua reintegração no mercado como material reciclado de alta qualidade.
Para incentivar os consumidores a devolver as embalagens, será cobrado um depósito no momento da compra, que poderá ser devolvido em máquinas de recolha automáticas e manuais, com mais de 2.500 pontos de recolha previstos em todo o país. O valor do depósito ainda não foi definido, mas a SDR Portugal considera várias opções de devolução, incluindo vouchers e donativos.
A construção da marca SDR Portugal é um desafio significativo, uma vez que se pretende que todos os cidadãos reconheçam a marca e compreendam a sua importância. A comunicação será fundamental para mudar comportamentos enraizados nos últimos 30 anos. A SDR Portugal já está a trabalhar com a Dentsu como agência criativa e a All Comunicação para relações públicas, enquanto procura outras agências para meios e ativação.
A SDR Portugal tem um orçamento robusto estimado em cerca de 200 milhões de euros para implementar o sistema, e o investimento em comunicação será proporcional ao desafio que enfrentam. A pressão é alta, mas a equipa está confiante de que conseguirá atingir as metas estabelecidas, inspirando-se em exemplos de sucesso de outros países.
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Fonte: ECO





