O partido do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, conhecido como SMER-SD, foi oficialmente expulso do Partido dos Socialistas Europeus (PES). A decisão, tomada por unanimidade, foi anunciada durante o Congresso Socialista em Amesterdão, Países Baixos, pelo secretário-geral do PES, Giacomo Filibeck.
Embora o PES não tenha divulgado uma lista formal de razões para a expulsão do SMER, Filibeck esclareceu que o partido de Fico adotou repetidamente posições que são “profundamente contraditórias com os valores e princípios sobre os quais a família política se sustenta”. Esta afirmação reflete a crescente tensão entre o SMER e as diretrizes do PES, que se posiciona como um defensor dos direitos humanos e da democracia.
Robert Fico, por sua vez, reagiu à expulsão com críticas ao PES, acusando-o de intolerância em relação ao conservadorismo social do seu governo. Nas redes sociais, Fico afirmou: “Se a razão para a expulsão do SMER for a minha participação nas celebrações da vitória sobre o fascismo e a definição constitucional de homem e mulher, então estou orgulhoso desta expulsão”. Esta declaração evidencia a polarização política que envolve o líder eslovaco e o seu partido.
Vale lembrar que o SMER já havia sido suspenso em 2023, após o regresso de Fico ao poder. A eurodeputada do SMER, Monika Beňová, comentou a situação, afirmando que existe “uma oferta dos Patriotas pela Europa”, referindo-se a um grupo de direita no Parlamento Europeu, que inclui partidos como o Chega, de Portugal.
Para os partidos europeus do bloco central, o SMER é visto como próximo de Vladimir Putin, apresentando uma retórica anti-Ucrânia, além de promover ataques à liberdade de imprensa e tentativas de enfraquecer a independência judicial. A expulsão do SMER do PES poderá ter repercussões significativas na dinâmica política europeia, especialmente em tempos de crescente polarização.
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Fonte: ECO





