O mercado de auditoria em Portugal tem sido tradicionalmente dominado pelas chamadas big four: EY, PwC, Deloitte e KPMG. No entanto, a recente escolha da BDO pelo Santander marca um momento significativo que pode alterar o panorama deste setor. Esta decisão é considerada “única” e pode abrir portas para outras empresas de auditoria que buscam aumentar a sua influência na verificação das contas de grandes sociedades.
Atualmente, o mercado de auditoria em Portugal é composto por diversas firmas, cada uma com perfis e áreas de atuação distintas. Contudo, à semelhança do que se observa em outros países europeus, verifica-se uma concentração crescente em determinadas firmas, especialmente em setores mais exigentes e complexos. As auditorias a entidades de grande porte, como bancos e multinacionais, exigem um nível elevado de rigor e especialização, o que tem favorecido as big four.
A entrada da BDO neste espaço pode ser vista como um sinal de que há espaço para a concorrência. A BDO, que já é uma firma reconhecida a nível global, pode agora utilizar este contrato com o Santander para demonstrar a sua capacidade em lidar com auditorias de grande escala. Este movimento poderá incentivar outras empresas de auditoria a desafiar o status quo e a procurar contratos com grandes clientes, diversificando assim o mercado.
Além disso, a escolha do Santander pela BDO pode também ser interpretada como uma resposta à crescente demanda por serviços de auditoria que não apenas cumpram requisitos legais, mas que também ofereçam uma visão estratégica e consultiva. As empresas estão cada vez mais a valorizar auditorias que vão além da simples verificação de contas, buscando insights que possam contribuir para a sua performance e crescimento.
O futuro da auditoria em Portugal poderá, portanto, ser moldado por esta mudança de paradigma. Se outras empresas seguirem o exemplo da BDO, poderemos assistir a uma maior diversificação no mercado, o que beneficiará não apenas as firmas de auditoria, mas também os clientes que terão acesso a uma gama mais ampla de serviços e abordagens.
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Fonte: ECO
