Como abordar a morte com crianças de forma sensível

Falar sobre a morte é um desafio para muitos adultos, especialmente quando se trata de crianças. Este tema, embora difícil, faz parte do ciclo da vida e deve ser abordado com sensibilidade. É fundamental que os adultos integrem a morte no seu discurso, para que, quando um luto ocorrer, possam ajudar os mais novos a lidar com a situação da melhor forma possível.

Ao comunicar a morte, é essencial que os adultos estejam cientes das suas próprias emoções e preparados para acolher as reações das crianças. Muitas vezes, quem partilha uma notícia dolorosa também está a sofrer, por isso, é importante encontrar um momento tranquilo para a conversa. É recomendável usar uma linguagem simples e direta, explicando que a pessoa morreu porque estava doente ou devido a um acidente, sem entrar em pormenores desnecessários. Devemos estar disponíveis para responder a perguntas, mesmo que isso signifique admitir que não temos todas as respostas.

A forma como as crianças compreendem a morte varia com a idade. Até aos dois anos, os bebés não conseguem entender o conceito de morte. As suas memórias serão mais sensoriais do que verbais, e é importante manter rotinas para proporcionar segurança. Entre os dois e os cinco anos, as crianças podem mostrar confusão e comportamentos regressivos, como querer objetos de conforto. É crucial dar espaço para que expressem a sua dor, mesmo que isso se manifeste através do jogo.

Dos seis aos dez anos, as crianças começam a entender a morte como algo definitivo. Aqui, esconder a verdade pode causar confusão e sentimentos de traição. É importante usar a palavra “morte” e explicar que a pessoa não voltará. Valide os sentimentos que surgem, pois as reações podem variar de tristeza a raiva. Também é importante prepará-las para o que poderá acontecer a seguir, como rituais de despedida.

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Na adolescência, a compreensão da morte é mais madura, mas os jovens podem ter dificuldade em expressar a sua vulnerabilidade. É normal que procurem apoio nos pares, mas os adultos devem estar disponíveis para ouvir e oferecer um espaço seguro para a partilha de sentimentos. É essencial validar as emoções, mesmo quando estas se manifestam de forma disruptiva.

Cada família tem a sua forma de lidar com a morte, e é importante que as crianças sejam incluídas nas conversas sobre cerimónias fúnebres, para que saibam o que esperar. Se decidirem que a criança deve estar presente, é fundamental que tenha apoio durante todo o processo.

Falar sobre a morte com crianças é um tema complexo e único para cada família. O luto é difícil e, em alguns casos, pode ser necessário procurar ajuda especializada. Para quem procura mais informações, recomendo o manual “As crianças, a morte e o luto – manual prático para adultos”, de Ana Santos, que oferece orientações valiosas. Livros como “Quando o rei da selva morreu” e “A morte explicada aos mais novos” também podem ser úteis.

A morte é uma parte universal da vida, mas lidar com ela pode ser complicado. Conhecer mais sobre o assunto pode ajudar todos a enfrentar este tema de forma mais saudável.

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Fonte: Doutor Finanças

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