A Acoru, uma startup com sede em Madrid, conseguiu angariar 10 milhões de euros numa ronda de investimento Série A, liderada pela 33N Ventures. Esta quantia será crucial para a missão da Acoru, que visa ajudar os bancos a prever e prevenir fraudes bancárias e o branqueamento de capitais, especialmente aqueles impulsionados pela inteligência artificial.
Carlos Moreira da Silva, Partner da 33N Ventures, sublinha que “a fraude voluntária tornou-se um dos desafios mais graves do sistema financeiro atual”. Com o aumento da sofisticação das fraudes bancárias, a Acoru pretende oferecer soluções que ajudem a detetar intenções criminosas antes que as transações sejam realizadas.
A startup, fundada em dezembro de 2023, é o segundo projeto dos fundadores Pablo de la Riva Ferrezuelo e David Morán, ambos com vasta experiência em cibersegurança. A Acoru tem como objetivo principal evitar que pessoas se tornem involuntariamente “money mules”, ou seja, indivíduos que transferem dinheiro para contas controladas por fraudadores sem o saber.
A plataforma da Acoru realiza uma monitorização contínua das contas bancárias, avaliando todos os eventos em interacção com a conta-alvo. O sistema atribui pontuações de risco e antecipa comportamentos futuros, permitindo uma deteção “pré-fraude”. A empresa destaca que sinais como múltiplas microtransações são monitorizados e sinalizados às instituições financeiras antes de qualquer transferência.
Pablo de la Riva Ferrezuelo, CEO da Acoru, afirma que “a inteligência artificial mudou radicalmente o panorama da fraude”. Ele alerta que as tecnologias antigas não são suficientes para combater as fraudes bancárias que emergem atualmente. A abordagem inovadora da Acoru permite identificar sinais de alerta que outros sistemas não conseguem detetar, criando uma defesa coletiva entre os bancos.
A Acoru Account Monitoring Platform classifica todas as contas, permitindo aos bancos prever transferências autorizadas e prevenir fraudes. Esta solução é especialmente relevante no contexto das novas regras financeiras que exigem a partilha de custos de reembolso entre bancos em casos de fraude.
Nos últimos dois anos, a Acoru cresceu rapidamente, contando agora com uma equipa global de mais de 30 colaboradores e estabelecendo parcerias com diversas instituições financeiras. A 33N Ventures, por sua vez, é um fundo europeu de capital de risco especializado em cibersegurança, que investe em empresas que desenvolvem soluções tecnológicas inovadoras.
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Fonte: Sapo
