O Partido Social Democrata (PSD) manifestou o seu profundo pesar pela morte de Francisco Pinto Balsemão, considerado o militante n.º 1 e fundador do PPD/PSD. O partido descreve-o como “uma das figuras maiores da democracia portuguesa”.
Francisco Pinto Balsemão nasceu a 1 de setembro de 1937, em Lisboa, e dedicou a sua vida ao serviço público, à liberdade e à construção da democracia. Em comunicado, o PSD recordou a importância do seu legado e o impacto que teve na sociedade portuguesa.
O empresário foi o fundador do semanário “Expresso” em 1973, um feito notável que ocorreu num período de censura. Balsemão defendeu a liberdade de imprensa com determinação, contribuindo para a formação de um espaço democrático em Portugal. Em 6 de maio de 1974, uniu-se a Francisco Sá Carneiro e Joaquim Magalhães Mota para fundar o Partido Popular Democrata (PPD), que mais tarde se tornaria o PSD.
A sua carreira política incluiu funções como deputado e vice-presidente da Assembleia Constituinte entre 1975 e 1976, além de ter sido deputado à Assembleia da República e Ministro de Estado Adjunto no VI Governo Constitucional. Após a tragédia de Camarate, Balsemão foi eleito presidente do PSD e, a 9 de janeiro de 1981, tomou posse como Primeiro-Ministro de Portugal, liderando os VII e VIII Governos Constitucionais.
Francisco Pinto Balsemão é lembrado por ter conduzido uma agenda reformista, associando-se à revisão constitucional de 1982, que foi crucial para o fortalecimento do regime democrático em Portugal. Também desempenhou um papel fundamental nas negociações para a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE).
O seu legado no PSD não se limitou ao período em que ocupou funções executivas. Balsemão continuou a estar presente na vida do partido, tendo presidido as comemorações dos “40 anos de Democracia, 40 anos de PSD” e liderado o Instituto Francisco Sá Carneiro.
O PSD expressou a sua solidariedade à família e amigos de Francisco Pinto Balsemão, destacando-o como um homem de princípios, coragem e palavra. A sua contribuição para a democracia portuguesa será sempre recordada.
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Francisco Pinto Balsemão Nota: análise relacionada com Francisco Pinto Balsemão.
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Fonte: Sapo





