A Mota-Engil convocou uma assembleia geral de acionistas para o próximo dia 18 de novembro, às 15:00, onde será discutida a autorização para o conselho de administração emitir até 750 milhões de euros em empréstimos obrigacionistas. Este é um passo significativo para a construtora, que tem vindo a privilegiar a emissão de dívida junto de investidores particulares.
De acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), um dos pontos da ordem de trabalhos da assembleia é precisamente a autorização para a emissão de um ou mais empréstimos obrigacionistas, podendo ser em euros ou noutra divisa. A Mota-Engil já realizou emissões anteriores, mas com montantes inferiores a este novo limite.
A última operação de venda de dívida da empresa ocorreu em maio, quando foram colocados 95 milhões de euros, um valor que foi revisto em alta face aos 50 milhões inicialmente previstos. O forte interesse dos investidores tem permitido à Mota-Engil realizar várias emissões, tanto de nova dívida como na troca de obrigações anteriores por novas.
Na assembleia, os acionistas também serão chamados a deliberar sobre a revogação parcial de uma deliberação anterior, datada de 6 de maio de 2022, que autorizava a emissão de até 400 milhões de euros em obrigações. A empresa esclarece que uma parte substancial desse montante já foi utilizada, restando apenas cinco milhões de euros por utilizar.
A proposta do conselho de administração visa, assim, revogar parcialmente a deliberação anterior, mantendo válida a parte já executada. Além dos pontos relacionados com as novas emissões de obrigações, os acionistas também votarão sobre uma alteração parcial do contrato social da empresa.
Caso a assembleia não se realize na data prevista, foi já fixada uma nova data, 4 de dezembro de 2025, para uma segunda convocação. A Mota-Engil continua a mostrar-se ativa no mercado de obrigações, e esta nova proposta poderá abrir caminho para um reforço da sua posição financeira.
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Fonte: ECO
