O futuro do mercado de seguros em Portugal foi debatido na 6ª conferência anual do ECOseguros, onde especialistas discutiram temas como saúde, longevidade e o impacto da inteligência artificial. A inovação, a proximidade ao cliente e a sustentabilidade financeira foram apontadas como as principais linhas estratégicas para o setor.
Com o aumento da esperança média de vida, o mercado de seguros de vida e produtos de poupança a longo prazo está a crescer. Ana Paulo, responsável pela área de Vida da Zurich Portugal, destacou a elevada procura por estes produtos, que oferecem liquidez e são uma alternativa viável para investidores não profissionais. Gonçalo Castro Pereira, da GamaLife, sublinhou a importância de adaptar os produtos ao ciclo de vida dos clientes, uma vez que as necessidades de risco variam com a idade.
Isabel Castelo Branco, CEO da BPI Vida e Pensões, mencionou que, apesar da competitividade e transparência dos produtos, existem desafios a superar. A criação de um acesso sistemático ao capital acumulado pelos clientes ao longo da vida é uma necessidade ainda por resolver. Luís Ferraz, da Prévoir Portugal, referiu que o setor está a crescer e que é fundamental prever as necessidades dos clientes em função da sua idade.
A tecnologia também foi um tema central, com Paulo Silva, da Prévoir, a afirmar que há uma crescente procura por produtos flexíveis. Ricardo Santos, do Doutor Finanças, defendeu que as marcas devem ir além do produto, assumindo um papel ativo na sociedade para que os clientes percebam o verdadeiro valor das suas ofertas. Jorge Rosa, da Generali Tranquilidade, reforçou que o investimento em inteligência artificial e dados é crucial para melhorar a experiência do cliente, sem esquecer a importância do toque humano.
A inteligência artificial foi considerada uma força transformadora no setor, comparável à chegada da internet. António Castro, da FRANK, destacou as dimensões da IA que estão a automatizar tarefas e a libertar os mediadores para funções mais valiosas. Hugo Veloso, da NTT Data, afirmou que a IA não substituirá a interação humana, mas simplificará muitos processos, enquanto José Lino Ferreira, da MPM, falou sobre a automatização de processos na corretagem.
O setor automóvel também enfrenta desafios, com o aumento dos custos logísticos a impactar a qualidade dos produtos. Joana Marques, da ExpressGlass, alertou para a redução da qualidade dos vidros, enquanto Lucas Constâncio, da Glassdrive, destacou que muitos fabricantes estão a produzir vidros mais finos, que se partem com mais facilidade. Romeu Silveira, da Carglass, defendeu a reparação de vidros como uma solução sustentável, evitando a calibração dos sistemas.
Por fim, no que diz respeito à saúde, Teresa Xavier, do Grupo Future Healthcare, e Ana Carvalho, da MGEN, discutiram a importância do equilíbrio entre inovação tecnológica e a abordagem humana no setor segurador. O mercado de seguros enfrenta desafios significativos, mas também oportunidades para crescer e se adaptar às novas realidades.
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Fonte: ECO





