Na próxima semana, os preços dos combustíveis em Portugal apresentarão uma variação significativa. O gasóleo, que é o combustível mais utilizado no país, deverá aumentar dois cêntimos, interrompendo uma sequência de três semanas de descidas. Por outro lado, a gasolina verá uma redução de dois cêntimos, mantendo uma tendência de descida que já se prolonga por quatro semanas. Estes dados foram confirmados pelo Automóvel Club de Portugal (ACP).
Com estas alterações, os consumidores passarão a pagar 1,547 euros por litro de gasóleo simples e 1,677 euros por litro de gasolina simples 95, de acordo com os valores médios que serão praticados nas bombas na próxima segunda-feira, conforme divulgado pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
É importante notar que os preços podem ainda sofrer alterações, uma vez que dependem do fecho das cotações do petróleo Brent e das flutuações do mercado cambial. Além disso, os preços finais são influenciados pela média dos valores praticados em todas as gasolineiras, podendo variar consoante o posto de abastecimento.
Na semana em curso, o gasóleo registou uma descida de 1,6 cêntimos, enquanto a gasolina teve uma ligeira redução de 0,1 cêntimos. O mercado previa uma descida entre 1,5 e dois cêntimos para o gasóleo, mas uma estabilização nos preços da gasolina.
Os contratos futuros do Brent, referência para o mercado europeu, estavam a descer 0,35% para 65,35 dólares por barril, mas apresentam um ganho semanal de 7%, o mais elevado desde meados de junho, interrompendo três semanas consecutivas de quebras. As novas sanções dos Estados Unidos às principais empresas petrolíferas da Rússia, como a Rosneft e a Lukoil, têm gerado preocupações sobre o fornecimento e, consequentemente, impulsionado os preços do petróleo.
Milad Azar, analista de mercado da XTB MENA, destacou que estas sanções fazem parte da estratégia da Administração Trump para pressionar a Rússia em relação ao conflito na Ucrânia. Ele sublinhou que se espera que as sanções interrompam as exportações russas, restringindo a oferta global e levando os principais importadores a reavaliar as suas compras.
Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, também comentou que o mercado está em modo de espera para avaliar o impacto das novas sanções sobre os fluxos de petróleo. Por sua vez, Antonio Di Giacomo, analista de Mercados Financeiros na XS.com, alertou que as sanções têm um impacto direto nas receitas energéticas do Kremlin, mas os seus efeitos se estendem além da Rússia. Clientes importantes como a China e a Índia, que beneficiaram de grandes descontos no crude russo, já estão a reduzir as suas compras devido ao risco de sanções secundárias, o que redirecionou parte da procura para outros produtores e impulsionou os preços internacionais.
Leia também: O impacto das sanções russas no mercado de petróleo.
preços dos combustíveis preços dos combustíveis preços dos combustíveis preços dos combustíveis Nota: análise relacionada com preços dos combustíveis.
Leia também: Bruxelas acusa TikTok e Meta de falta de transparência nas redes sociais
Fonte: ECO





