Ordens dos Médicos e Enfermeiros pedem reforço da emergência médica

As Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros enviaram uma proposta conjunta à ministra da Saúde, onde solicitam um reforço do modelo português de emergência médica. Esta iniciativa surge num momento em que o Governo se prepara para substituir o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Na carta, datada de 14 de outubro e assinada pelos bastonários, os profissionais de saúde expressam a sua vontade de contribuir para a modernização e fortalecimento da estrutura do INEM e do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM). O SIEM é reconhecido como um sistema eficaz que combina uma resposta rápida com uma elevada qualidade clínica.

As ordens defendem que o caminho a seguir deve focar no fortalecimento e qualificação dos três níveis de suporte existentes: Suporte Básico de Vida (SBV), Suporte Imediato de Vida (SIV) e Suporte Avançado de Vida (SAV). Além disso, é essencial fortalecer os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e investir numa formação contínua e acreditada, garantindo assim a sustentabilidade e excelência do sistema.

Os representantes de médicos e enfermeiros consideram que o SIEM é um pilar fundamental para a proteção da vida e saúde dos cidadãos, devendo assegurar uma resposta rápida, eficaz e segura em situações de urgência e emergência em todo o país. Este modelo é sustentado por uma rede adequada de socorro, que envolve profissionais altamente qualificados e com uma formação robusta.

No entanto, as ordens alertam para a existência de constrangimentos estruturais e organizativos que têm comprometido a capacidade de resposta do SIEM, colocando em risco a qualidade da assistência prestada à população. Neste contexto, surgiram propostas que sugerem a adoção de modelos de emergência médica de outros países, algo que os profissionais contestam, argumentando que isso poderia comprometer a segurança e a qualidade do atendimento.

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As Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros enfatizam que a prioridade deve ser o reforço e a qualificação do modelo existente, assegurando a eficiência e equidade do SIEM, ao mesmo tempo que se salvaguardam os mais elevados padrões de qualidade e segurança clínica.

Recentemente, uma fonte do ministério da Saúde confirmou a substituição do presidente do INEM, Sérgio Janeiro, no âmbito de um concurso aberto em janeiro. Embora o nome do sucessor não tenha sido revelado, alguns meios de comunicação avançaram o nome de Luís Cabral, cuja nomeação gerou preocupações entre os profissionais do setor. O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) expressou que as posições de Luís Cabral são contrárias à evidência científica e que o seu modelo é significativamente mais caro do que o utilizado no continente.

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emergência médica Nota: análise relacionada com emergência médica.

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Fonte: Sapo

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