Incentivo fiscal em I&D pode desaparecer em 2026

O futuro do investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) em Portugal pode estar em risco. Segundo a proposta de Orçamento do Estado para 2026, o incentivo fiscal associado ao Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial (SIFIDE) poderá ser eliminado, o que levanta preocupações no setor.

Fernando Ferreira, managing partner da Ventures.eu, uma sociedade gestora de fundos de capital de risco com sede em Lisboa, partilhou a sua visão sobre esta questão. A Ventures.eu é conhecida por investir em startups em fase inicial em toda a Europa, com um foco particular em indústrias disruptivas, como a deeptech e a inteligência artificial (IA). Para Ferreira, a ausência de um incentivo fiscal tornaria a existência de fundos dedicados exclusivamente a I&D pouco viável.

A empresa, que oferece suporte estratégico e investimentos que variam entre 200 mil euros e quatro milhões de euros, tem como missão promover a inovação e o crescimento das startups. No entanto, Ferreira sublinha que, sem um incentivo fiscal, as condições para o investimento em I&D tornam-se menos atractivas. “Se não houver um incentivo fiscal, deixa de fazer sentido a existência de fundos focados apenas em I&D”, afirma.

Este cenário levanta questões sobre o futuro das startups que dependem deste tipo de financiamento para desenvolverem os seus projetos. A falta de apoio governamental pode levar a uma diminuição significativa no número de iniciativas inovadoras em Portugal, o que poderia ter um impacto negativo na competitividade do país a nível europeu.

A proposta de eliminar o incentivo fiscal está a ser discutida e, se aprovada, poderá ter consequências profundas para o ecossistema de inovação em Portugal. As startups, que muitas vezes enfrentam dificuldades em captar financiamento, poderão ver-se ainda mais limitadas na sua capacidade de investir em I&D.

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A situação exige uma reflexão sobre a importância dos incentivos fiscais para o desenvolvimento do sector e a necessidade de se encontrar soluções que garantam a continuidade do apoio a iniciativas inovadoras. O futuro do investimento em I&D em Portugal depende, em grande parte, das decisões que forem tomadas nas próximas semanas.

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Fonte: Sapo

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