O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) anunciou hoje a retirada total das suas forças da Turquia, um passo que pode ser considerado histórico no contexto do processo de paz em curso com o governo turco. A decisão foi comunicada através de um comunicado divulgado pela agência noticiosa Firat, onde o PKK afirmou que já se encontram 25 combatentes, tanto homens como mulheres, no norte do Iraque.
Esta retirada do PKK é amplamente noticiada pelos meios de comunicação turcos, que citam fontes do norte do Iraque, onde o grupo tem as suas bases operacionais. O PKK, considerado uma organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia, iniciou a sua luta armada contra o Estado turco há 40 anos, um conflito que resultou na morte de cerca de 45.000 pessoas.
Em dezembro de 2024, o PKK já havia anunciado a sua dissolução e o fim da luta armada, em resposta ao apelo do seu líder, Abdullah Ocalan, que se encontra detido. Agora, a retirada das suas forças da Turquia representa um novo capítulo na busca por uma solução pacífica para o conflito.
Durante uma conferência de imprensa realizada no norte do Iraque, os líderes do PKK destacaram os “passos significativos de importância histórica” que têm dado para alcançar uma sociedade pacífica e democrática. A declaração de retirada da Turquia é vista como um movimento estratégico para evitar conflitos dentro das fronteiras turcas e proteger os combatentes de possíveis provocações.
“Estamos a levar a cabo a retirada de todas as nossas forças na Turquia”, afirmou Sabri Ok, membro do Conselho Executivo do PKK, durante a conferência. Esta decisão é um reflexo da vontade do grupo em contribuir para um ambiente de paz e diálogo, em vez de confrontação.
A retirada do PKK pode ter implicações significativas não apenas para a Turquia, mas também para a região do Médio Oriente. A medida poderá abrir portas para um diálogo mais construtivo entre as partes envolvidas e facilitar a construção de um futuro mais estável.
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Fonte: Sapo





