Advocacia Portuguesa Expande-se na América Latina e EUA

Nos últimos anos, a advocacia portuguesa tem procurado novas oportunidades além-fronteiras, especialmente na América Latina e nos Estados Unidos. À medida que as empresas portuguesas se aventuram em mercados internacionais, as sociedades de advogados seguem o mesmo caminho, oferecendo apoio jurídico em diversas jurisdições. Este movimento tem-se revelado estratégico, uma vez que a América representa um mercado promissor para os advogados portugueses.

O Brasil, devido à sua proximidade linguística e cultural, continua a ser o principal destino para a advocacia portuguesa. No entanto, a procura por serviços jurídicos tem vindo a aumentar em países como México, Colômbia, Chile, Peru e Estados Unidos. As áreas mais procuradas incluem fusões e aquisições, investimentos estrangeiros, energia, infraestruturas e contencioso internacional.

Raquel Galinha, sócia da CRS, explica que a entrada da firma no mercado americano foi impulsionada pelas relações históricas entre Portugal e o Brasil, além do crescente interesse em Portugal como destino de investimento. “A mobilidade global e a internacionalização das empresas criaram um mundo sem fronteiras, obrigando-nos a prestar serviços jurídicos em várias localizações”, afirma.

Outro escritório a destacar-se neste cenário é a Antas da Cunha Ecija, que desde 2017 tem implementado uma estratégia internacional, estabelecendo presença em países de língua portuguesa e espanhola. Fernando Antas da Cunha, managing partner, revela que a firma está presente em 18 países, incluindo Portugal e Espanha, e que a expansão para o continente americano trouxe desafios, especialmente em termos culturais e de adaptação de métodos de trabalho.

A CRS tem reforçado a sua presença na América Latina e nos EUA, criando parcerias com escritórios locais e integrando redes internacionais de advogados. A principal área de atuação da firma na América está relacionada com o investimento estrangeiro em Portugal, que se tem afirmado como um dos melhores países para residir e investir. “As oportunidades são vastas, especialmente na captação de investidores”, sublinha Raquel Galinha.

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Por sua vez, a Antas da Cunha Ecija tem focado em mercados menos sofisticados, oferecendo serviços de alta qualidade. Fernando Antas da Cunha acredita que a presença em várias jurisdições permite à firma oferecer um serviço integrado, com um único interlocutor para os clientes.

Ambos os escritórios notam uma tendência crescente na procura por serviços jurídicos especializados na América. “É um mercado que está a crescer rapidamente, com muitas multinacionais a estabelecerem-se nos Estados Unidos”, afirma Fernando Antas da Cunha. Raquel Galinha acrescenta que Portugal é visto como uma alternativa para muitos, especialmente em tempos de incerteza política e económica.

A Antas da Cunha Ecija observa que o mercado latino-americano representa cerca de 40% do crescimento anual da firma, enquanto a CRS tem visto um impacto positivo na sua reputação, tanto a nível nacional como internacional. Raquel Galinha admite que existem planos para expandir para novos países, dependendo da evolução do cenário global.

Leia também: O impacto da internacionalização nas empresas portuguesas.

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Fonte: ECO

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