Apoios à renda: filas no IHRU geram protestos em Lisboa

Esta segunda-feira, dezenas de pessoas formaram uma longa fila à porta do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), em Lisboa, desde as primeiras horas da manhã. O objetivo é conseguir uma das 20 senhas diárias para atendimento e, assim, obter ajuda para pagar a renda da casa. O movimento “Porta-a-Porta” organizou um protesto junto às instalações do IHRU, entre as 7h30 e as 9h30, para exigir um serviço que responda adequadamente aos pedidos de apoios à renda.

André Escoval, porta-voz do movimento, criticou a situação, afirmando que os problemas relacionados com os apoios à renda se estendem de norte a sul do país. “Os cortes nos apoios às rendas e no programa ‘Porta 65’ são evidentes. Apenas há 10 senhas de atendimento de manhã e 10 à tarde, tanto em Lisboa como no Porto. Através da Internet ou do telefone, o contacto é impossível”, lamentou.

O movimento tem vindo a denunciar a falta de resposta do IHRU, mencionando atrasos que podem ultrapassar um ano, o que leva muitas famílias ao desespero. Os canais de comunicação com o IHRU, tanto por telefone como online, são considerados “inacessíveis”, obrigando as pessoas a deslocarem-se diretamente aos centros de atendimento, que se encontram apenas em Lisboa e no Porto.

O presidente do IHRU, António Benjamim Costa Pereira, reconheceu a gravidade da situação. Em declarações à Lusa, referiu que a resposta do instituto está a falhar, especialmente no que diz respeito aos quase 60 mil beneficiários do Programa de Apoio Extraordinário à Renda (PAER) que aguardam soluções para os seus problemas.

Durante o protesto, uma das participantes, Maria Santos Godinho, de 59 anos, chegou às 4h45 de Odivelas para tratar do assunto de um amigo. “Isto é pior que ir ao médico. Temos de vir para aqui dormir. Não respondem a e-mails, não atendem telefones. Tem de se vir cá e é preciso bater o pé. De outra maneira, mandam-nos embora sem resolver nada”, criticou.

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Outra participante, Raquel Djaló, de 32 anos, mãe solteira, expressou a sua indignação pela falta de explicações sobre a suspensão do seu apoio à renda. “Tem de haver mais senhas. Deixamos o trabalho para vir aqui. Eu tive de deixar a menina com outras pessoas para estar aqui às 6 horas”, desabafou.

A situação dos apoios à renda continua a ser uma preocupação crescente, com muitos a exigir uma resposta eficaz do IHRU. Leia também: O que fazer em caso de dificuldades com a renda da casa.

apoios à renda apoios à renda Nota: análise relacionada com apoios à renda.

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Fonte: ECO

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