Governo francês aprova imposto excecional para grandes empresas

O Governo francês, liderado por Sébastien Lecornu, decidiu esta segunda-feira, durante o debate orçamental, avançar com um imposto excecional para grandes empresas, uma medida que surge sob forte pressão do Partido Socialista (PS). Esta decisão foi crucial, uma vez que os socialistas ameaçaram apresentar uma moção de censura caso não houvesse concessões nas suas reivindicações.

Os deputados aprovaram, com 196 votos a favor e 149 contra, uma alteração que aumenta a taxa do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC) para empresas com um volume de negócios superior a 3.000 milhões de euros. Em contrapartida, a contribuição extraordinária das médias empresas (ETI) será inferior à inicialmente prevista. O ministro da Economia, Roland Lescure, estimou que esta nova configuração do imposto excecional permitirá ao governo arrecadar cerca de 6.000 milhões de euros, superando os 4.000 milhões inicialmente projetados.

O Partido Socialista tem sido claro nas suas exigências. Philippe Brun, deputado socialista, afirmou que a aprovação do orçamento está condicionada a medidas que promovam a justiça social. O PS não está disposto a apoiar um orçamento que penalize as classes trabalhadora e média, destacando a importância do chamado “imposto Zucman”. Este imposto, que visa tributar em 2% os bens superiores a 100 milhões de euros, foi ajustado pelo PS para melhor se adequar às críticas recebidas.

A proposta do PS, que alguns consideram um “Zucman light”, pretende isentar empresas familiares pouco rentáveis e startups inovadoras que ainda não geram lucros, evitando assim a venda para grupos estrangeiros e promovendo o crescimento. Além disso, a proposta sugere uma taxa de 3% para bens superiores a 10 milhões de euros, em vez dos 2% para bens superiores a 100 milhões.

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Paralelamente, começou a discussão sobre a proposta de orçamento da Segurança Social, que tinha sido adiada na semana anterior. O governo decidiu incluir a suspensão da controversa reforma das pensões, uma exigência do PS para que o parlamento aceitasse iniciar o debate sobre o Orçamento do Estado francês para 2026.

A aprovação deste imposto excecional é um passo significativo na política fiscal francesa, refletindo a tensão entre o governo e os socialistas. A forma como esta situação se desenrolará nos próximos dias será crucial para a estabilidade do governo de Lecornu.

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imposto excecional imposto excecional Nota: análise relacionada com imposto excecional.

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Fonte: ECO

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