A semana começou de forma positiva nas principais bolsas europeias, impulsionadas por um renovado otimismo em relação às relações comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os presidentes dos dois países estão agendados para se reunir na próxima quinta-feira, o que tem gerado expectativas favoráveis entre os investidores.
Scott Bessent, secretário do Tesouro norte-americano, expressou confiança na capacidade dos líderes de estabelecer uma “estrutura muito bem-sucedida” para as discussões. Os analistas do Bankinter destacam que, na semana passada, as bolsas apresentaram um saldo positivo pela segunda vez consecutiva, com as obrigações a manterem-se em níveis que, há dias, pareciam generosos. Os resultados das empresas americanas também superaram as expectativas, com um crescimento de 17% em comparação com os 8,5% previstos, o que tem dado um suporte contínuo às bolsas.
Apesar do encerramento parcial do governo dos EUA, que se arrasta há quatro semanas, e da suspensão de vários indicadores macroeconómicos, o mercado parece determinado a interpretar os sinais de forma otimista, ignorando os riscos subjacentes. Na semana passada, a divulgação da inflação norte-americana ficou abaixo das expectativas, o que também contribuiu para o clima positivo.
Os próximos dias serão cruciais, uma vez que a Reserva Federal (Fed) se reunirá na quarta e quinta-feira. Os analistas acreditam que a Fed deverá reduzir as taxas de juros em 25 pontos base, para uma faixa entre 3,75% e 4,00%. A abordagem do presidente da Fed, Jerome Powell, é esperada como dovish, sendo importante observar se irá mencionar um ritmo mais lento na redução do balanço da instituição.
Esta semana também é marcada pela divulgação de resultados financeiros, com cinco das sete grandes empresas americanas a apresentarem os seus números trimestrais. O mercado de ouro, por sua vez, tem enfrentado uma tendência de queda, após ter atingido valores históricos recentemente. Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, aponta que o otimismo em torno das relações comerciais entre os EUA e a China tem pressionado o ouro, tradicionalmente visto como um refúgio seguro.
Apesar da pressão, o metal precioso mantém um suporte forte acima do limiar psicológico de 4.000 dólares. Quedas adicionais podem ser vistas como oportunidades de compra, dado que o contexto macroeconómico continua favorável ao ouro, especialmente em tempos de turbulência geopolítica e incerteza económica. As expectativas de uma abordagem dovish da Fed, acentuadas pelos dados de inflação, reforçam ainda mais essa perspetiva.
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Fonte: Sapo





