Nos últimos anos, a insustentabilidade da Segurança Social tem sido um tema recorrente nas notícias. Embora não se preveja uma falência do sistema, a verdade é que a situação pode levar a uma realidade financeira muito diferente para as futuras gerações. Por isso, é urgente pensar no futuro e criar um plano de investimento.
A decisão de poupar e investir nem sempre é fácil, especialmente num dia a dia tão exigente. Muitas vezes, a ideia de poupança é associada a restrições e sacrifícios, em vez de ser vista como um caminho para a segurança e estabilidade financeira. No entanto, a poupança é o primeiro passo para garantir um futuro mais tranquilo.
Para começar, é essencial adotar hábitos financeiros saudáveis. Isso inclui gastar menos do que se ganha, evitar o endividamento e procurar formas de aumentar os rendimentos, como trabalhos a tempo parcial ou aluguer de bens. Esta diferença entre rendimento e consumo cria uma almofada financeira que pode ser crucial em momentos difíceis, ajudando a enfrentar despesas inesperadas ou a realizar objetivos de vida, como comprar uma casa ou garantir a educação dos filhos.
Contudo, poupar não é suficiente. Deixar o dinheiro parado, seja debaixo do colchão ou em depósitos que não rendem, significa perder poder de compra devido à inflação. A inflação, que representa a subida dos preços, e a desvalorização do dinheiro são os principais inimigos da poupança. Sem um investimento adequado, as poupanças podem rapidamente perder valor.
Os desafios que se avizinham são enormes, especialmente com as transformações sociais e económicas que a Inteligência Artificial traz. A desigualdade em termos de rendimentos e capacidade de consumo pode aumentar, tornando ainda mais importante a rentabilização das poupanças através de um plano de investimento.
Estudos indicam que, a partir de 2050, as pensões poderão ser inferiores a metade do último salário. Esta realidade deve servir de alerta, pois muitos subestimam a diferença entre o que recebem atualmente e o que poderão vir a receber na reforma. A solução para evitar a pobreza futura reside no investimento. A Comissão Europeia tem promovido iniciativas de literacia financeira para incentivar os cidadãos a investir nos mercados de capitais, um passo que os europeus ainda não exploram tanto quanto os americanos.
Existem diversas opções de investimento, adaptáveis a diferentes perfis de risco, desde ações a fundos de investimento e Planos de Poupança Reforma. Não é necessário ter um grande capital para começar; com apenas 15 ou 20 euros por mês, é possível constituir um plano de investimento. A chave é estabelecer objetivos claros e criar subcontas para cada um deles, o que pode incentivar ainda mais a poupança e o investimento.
Idealmente, o investimento deveria começar desde o nascimento. Uma conta de investimento ou um PPR para os recém-nascidos permitiria que as prendas em dinheiro fossem investidas, beneficiando do efeito de capitalização ao longo dos anos. Assim, ao atingirem a maioridade, teriam um valor acumulado que lhes proporcionaria segurança financeira.
Investir e poupar é fundamental para a nossa saúde financeira. Além de reduzir o stress e aumentar a confiança, contribui para a nossa liberdade e longevidade. Embora o caminho do investimento possa parecer complexo, o mais importante é dar o primeiro passo e iniciar esta jornada rumo à liberdade financeira.
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Fonte: Doutor Finanças





