A ética na política e economia: onde está?

Nos dias de hoje, muitos de nós estamos mais preocupados com as festividades do fim do ano do que com questões que envolvem a ética na política e na economia. Após uma série de discursos de líderes mundiais, incluindo os da ONU e autarquias, o que se percebe é que a retórica sobre a moralidade e a justiça social se esvaiu num mar de interesses e hipocrisia.

Lula da Silva, ao criticar a situação atual, afirmou que o direito internacional humanitário e a suposta superioridade ética do Ocidente estão, na verdade, sepultados. As suas palavras ecoam como um alerta sobre uma ordem global que se tornou insustentável, onde a ética na política é frequentemente apenas um adereço retórico para justificar ações que, na prática, visam apenas o lucro.

Neste cenário, muitos se questionam: por onde anda a ética? A resposta parece distante, enquanto as notícias sobre guerras e conflitos se multiplicam nas televisões. As crises que afetam o continente africano, por exemplo, são frequentemente ignoradas, como se a vida e a dignidade das pessoas que lá vivem não tivessem valor. O que importa, afinal, é o dinheiro que flui para as guerras e as relações comerciais, onde os juros cobrados aos países africanos são exorbitantes em comparação com os das economias mais ricas.

A pobreza e a desigualdade que afetam as populações africanas não são fenómenos artificiais que possam ser resolvidos com soluções digitais ou algoritmos. As narrativas que emergem de uma nova elite digital não parecem dispostas a enfrentar as realidades duras que muitos enfrentam. Quando os líderes africanos tentam expressar as suas preocupações, muitas vezes são silenciados, enquanto os poderosos se reúnem para discutir as suas próprias soluções.

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O continente africano precisa de encontrar as suas próprias respostas, inspirando-se na rapidez e na agilidade das chitas, os felinos mais rápidos do mundo. É imperativo que os países africanos não esperem por soluções externas, mas que busquem as suas próprias alternativas. A ética na política e na economia deve ser uma prioridade, e a sua ausência é um sinal claro de que a humanidade ainda tem um longo caminho a percorrer.

Leia também: A importância da ética nas relações internacionais.

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Fonte: Sapo

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