O partido independentista catalão Juntos pela Catalunha (JxCat) decidiu romper os acordos estabelecidos com o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) em 2023, que permitiram a recondução de Pedro Sánchez como primeiro-ministro. Esta decisão foi anunciada na passada quinta-feira e representa um passo significativo na política espanhola, especialmente no que diz respeito à questão da Catalunha.
O JxCat, liderado por Carles Puigdemont, ex-presidente da Generalitat, argumenta que o PSOE não cumpriu os compromissos assumidos. Entre os acordos estava a promessa de uma amnistia para independentistas, o reconhecimento do catalão como língua oficial nas instituições europeias e a transferência de competências na área da imigração. Apesar de algumas medidas terem avançado, como a aprovação da amnistia, a situação de Puigdemont continua indefinida, uma vez que o Tribunal Supremo de Espanha ainda não aceitou a sua amnistia.
Na segunda-feira, a direção do JxCat anunciou a intenção de romper com o PSOE, mas deixou a decisão final nas mãos dos militantes. Uma votação online foi realizada, com 86,88% dos participantes a favor do fim dos acordos. A participação foi elevada, com 66,29% dos militantes a pronunciar-se. Esta rutura implica o fim das reuniões periódicas com um observador internacional na Suíça e o término de negociações privilegiadas no parlamento espanhol.
Apesar da ruptura, não se espera que esta decisão leve à queda imediata do governo de Sánchez. O JxCat, que tem sete deputados, não pretende aliar-se ao Partido Popular (PP) ou ao Vox para uma moção de censura. Puigdemont afirmou que o governo de Sánchez poderá ter dificuldades em governar, uma vez que não conseguirá aprovar orçamentos sem o apoio necessário.
A situação política em Espanha continua a ser complexa, especialmente com a questão da Catalunha em destaque. O futuro dos acordos entre o JxCat e o PSOE poderá ter repercussões significativas na estabilidade do governo e na gestão das questões autonómicas. Leia também: O impacto da crise política em Espanha na economia.
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Fonte: ECO





