Lucro do Novobanco mantém-se em 610 milhões até setembro

O Novobanco anunciou, esta quinta-feira, que o seu lucro até ao final de setembro se fixou em 610,5 milhões de euros, um valor muito semelhante ao do mesmo período do ano anterior, que foi de 610,4 milhões. Esta estabilização do lucro Novobanco ocorre num contexto de arrefecimento dos juros nos mercados internacionais, o que resultou numa redução de 6,5% na margem financeira do banco. Esta diminuição contribuiu para uma queda de 2,8% no produto bancário comercial.

Mark Bourke, CEO do Novobanco, destacou que os resultados dos primeiros nove meses de 2025 evidenciam a robustez do modelo de negócio da instituição, mantendo-se alinhados com os objetivos definidos para o ano. O banco continua a implementar o seu plano estratégico com rigor.

Durante este período, o Novobanco viu um aumento de 10,7% no serviço prestado aos clientes, resultando em mais 25,7 milhões de euros em receitas em comparação com o ano anterior. Contudo, este crescimento não foi suficiente para compensar a perda de 57,3 milhões na margem financeira, que totalizou 829 milhões de euros. A margem financeira é um dos principais indicadores financeiros da banca comercial, refletindo a diferença entre os juros recebidos e os pagos.

Embora o produto bancário comercial tenha diminuído 2,8%, outros resultados de exploração, que totalizaram 71,1 milhões de euros — um aumento de 44,2 milhões em relação ao ano anterior — ajudaram a elevar o produto bancário total em 1%, alcançando 1.167,8 milhões de euros.

Até setembro, os recursos totais dos clientes aumentaram 7,9%, atingindo 45,9 milhões de euros, com os depósitos a crescerem 3,8%, para 30,9 milhões. A carteira de crédito a empresas também registou um aumento de 3,9%, totalizando 14.430 milhões, enquanto o crédito a particulares cresceu 6,9%, alcançando 12.917 milhões. O crédito à habitação subiu 5,5%, e outras tipologias de crédito dispararam mais de 14%.

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No entanto, o Novobanco enfrentou um aumento de 5% nos custos, que ascenderam a 384,2 milhões de euros, em parte devido ao crescimento dos custos com pessoal, que superaram a média de 2024 em 7,4%. Apesar destes desafios, o banco mantém uma posição de liquidez confortável, beneficiando do financiamento de mercado e do desempenho positivo da sua área comercial.

Este é um momento de transição para o Novobanco, que foi vendido ao grupo francês BPCE. Mark Bourke afirmou que a operação está a decorrer normalmente nos processos regulatórios, com a conclusão prevista para a primeira metade de 2026. Esta venda deverá reforçar a capacidade do banco de inovar e apoiar as famílias e empresas em Portugal.

Recentemente, a divulgação dos resultados foi ofuscada por buscas judiciais realizadas pela Polícia Judiciária, que envolveram a sede do banco e a consultora KPMG. Estas investigações estão relacionadas com negócios de propriedades na mata de Sesimbra, que poderão ter deixado um impacto negativo nas contas do Novobanco, num momento em que a instituição solicitava injeções de capital do Estado.

Leia também: O futuro do Novobanco e os desafios que se avizinham.

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Fonte: ECO

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