Na próxima sexta-feira, 31 de outubro, o Dia Mundial da Poupança será celebrado de uma forma inusitada em várias escolas de Portugal. Ministros e líderes dos reguladores financeiros vão assumir o papel de professores, ensinando aos alunos do ensino secundário a importância da literacia financeira. Entre as escolas selecionadas estão a Avelar Brotero, em Coimbra, e a José Gomes Ferreira, em Lisboa.
Este evento, intitulado “Educar para a Cidadania: Poupar, um Compromisso com o Futuro”, contará com a presença de sete membros do Governo e 13 representantes de entidades reguladoras, como a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O objetivo é não apenas ensinar, mas também inspirar os jovens a desenvolverem competências essenciais para a gestão do dinheiro e a tomada de decisões económicas conscientes.
Fernando Alexandre, ministro da Educação, sublinha a relevância da literacia financeira, afirmando que “saber gerir dinheiro e fazer escolhas conscientes são competências fundamentais para a vida adulta”. A iniciativa visa estabelecer um modelo de colaboração contínua entre escolas e instituições de ensino superior, promovendo a literacia financeira como parte integrante do currículo escolar.
Os alunos não serão apenas ouvintes; também terão a oportunidade de se tornarem professores. Enquanto os governantes e supervisores ministram aulas, estudantes universitários das áreas de Economia, Gestão, Finanças ou Contabilidade irão partilhar conhecimentos com milhares de alunos do ensino básico e secundário sobre como poupar dinheiro de forma eficaz.
Para garantir que esta iniciativa não se limite a um único dia, as escolas e instituições de ensino superior comprometeram-se a celebrar protocolos de cooperação. Isso incluirá a criação de canais de comunicação permanentes para a partilha de conhecimentos, recursos e boas práticas. O Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação será responsável por enviar uma proposta para dar início a este plano.
A nova Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC) já estabeleceu a literacia financeira como uma componente obrigatória do currículo escolar em pelo menos dois ciclos do ensino básico. Esta abordagem visa preparar os jovens para os desafios financeiros que enfrentarão no futuro, contribuindo assim para uma sociedade mais equilibrada e sustentável.
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Fonte: ECO





