A Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra abriu um inquérito interno para investigar as circunstâncias da morte de uma grávida, ocorrida na madrugada de sexta-feira. A mulher, de 38 semanas e natural da Guiné-Bissau, tinha sido atendida no hospital na quarta-feira, onde foi diagnosticada com hipertensão ligeira.
Segundo o comunicado da ULS, a grávida deu entrada no serviço de urgência às 1h50, já em paragem cardiorrespiratória, após ter sido transportada por uma equipa do INEM. Apesar da realização imediata de uma cesariana de emergência, o bebé, que nasceu às 1h56, encontra-se sob vigilância médica com prognóstico reservado.
A ULS esclareceu que a mulher se apresentou assintomática para uma consulta de rotina, mas foi referenciada para a Urgência de Obstetrícia, onde, após vários exames, recebeu alta com a indicação de internamento às 39 semanas de gestação. A instituição lamentou profundamente a morte da utente e enviou condolências à família.
A morte de grávida gerou reações políticas, com José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, a criticar o Governo por um “falhanço clamoroso” na saúde. Durante uma visita a um festival de banda desenhada na Amadora, Carneiro afirmou que não se deve aproveitar a tragédia para fins políticos, mas sublinhou a necessidade de apurar responsabilidades, apontando o primeiro-ministro como o principal responsável.
O líder do PS referiu que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou as preocupações do partido sobre a saúde, ao afirmar que o Governo falhou em prometer soluções para uma área tão crítica. Carneiro criticou ainda a falta de planeamento e a abordagem aleatória do Governo para resolver problemas de saúde, questionando a eficácia da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
Na sua intervenção, Carneiro desafiou Luís Montenegro a demitir a ministra, considerando que a sua autoridade política está comprometida. O secretário-geral do PS insistiu que a responsabilidade recai sobre o primeiro-ministro, que prometeu soluções para as urgências hospitalares em campanha eleitoral, mas não cumpriu.
A morte de grávida no Amadora-Sintra levanta questões sérias sobre a gestão da saúde pública em Portugal. A situação exige uma análise cuidadosa e um compromisso renovado para garantir que tragédias como esta não se repitam. Leia também: O impacto da saúde pública nas eleições.
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Fonte: ECO





