Juntas médicas em risco e investimentos árabes afastados

Um número indeterminado de doentes em Portugal poderá ficar sem avaliação em juntas médicas para aceder a apoios sociais, pelo menos até ao início do próximo ano. A situação resulta da falta de financiamento, uma vez que dezenas de médicos responsáveis pelas peritagens atingiram o plafond estabelecido. Ao contrário de anos anteriores, não se prevê um reforço de verbas, o que significa que, durante os meses de novembro e dezembro, as juntas médicas poderão parar.

Recentemente, vários médicos prestadores de serviços receberam uma comunicação da Segurança Social informando que os valores contratualizados com o Sistema de Verificação de Incapacidades estão prestes a ser esgotados. Esta situação levanta preocupações sobre a capacidade de avaliação de doentes que dependem deste processo para obterem os apoios sociais necessários.

Além das juntas médicas, outra questão que afeta a economia portuguesa é a redução do investimento proveniente de países árabes. O aumento de 7,5% no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e de 10% no Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas (IMT), introduzido no Orçamento do Estado para 2021, tem dificultado a entrada de capitais do Golfo em Portugal. Países como Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar e Omã, que possuem fundos soberanos significativos, estão a ser afastados devido a um regime fiscal mais gravoso.

Por outro lado, o panorama educacional em Portugal está a mudar com o crescimento das escolas internacionais. Atualmente, existem quase 50 instituições deste tipo no país, com propinas que podem ultrapassar os 20 mil euros por ano. O concelho de Cascais destaca-se como o que concentra mais escolas internacionais, seguido por Lisboa, Oeiras, Sintra e Porto. Este aumento reflete uma procura crescente por educação com currículos estrangeiros, mas também levanta questões sobre a acessibilidade e o impacto nas famílias.

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Em suma, as juntas médicas enfrentam um risco significativo de interrupção, enquanto o investimento árabe em Portugal diminui devido a questões fiscais. A educação internacional continua a expandir-se, mas a um custo elevado para as famílias. Leia também: “O impacto das juntas médicas na vida dos doentes”.

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Fonte: ECO

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