Portugal destaca-se no cenário europeu, apresentando um desempenho económico que tem sido reconhecido por parceiros internacionais. Enquanto algumas das economias mais robustas da Zona Euro enfrentam défices e estagnação, a economia portuguesa cresce acima da média, tendo registado no último trimestre o maior aumento em cadeia da Zona Euro entre os países que divulgaram resultados. Além disso, Portugal foi o quinto país que mais reduziu a sua dívida pública no último ano e, até agora, é um dos poucos países europeus a prever um excedente orçamental para 2026.
Este progresso deve-se, em grande parte, ao esforço das famílias e empresas, que têm contribuído para a melhoria contínua do rating da República. Este ambiente económico sólido torna Portugal mais resiliente a choques externos, especialmente em tempos de incerteza internacional.
Uma das principais vantagens que o país possui para enfrentar esses desafios é o elevado nível de poupança das famílias. No ano que terminou no segundo trimestre de 2025, a taxa de poupança das famílias atingiu 12,6%. Este valor só é superado pelo período da pandemia, quando as restrições levaram a uma poupança forçada, uma vez que as famílias não puderam consumir como de costume.
Atualmente, uma parte significativa desta poupança está a ser investida em ativos seguros, como depósitos e Certificados de Aforro. Em julho de 2025, os depósitos alcançaram um máximo histórico, e o interesse das famílias pelos Certificados de Aforro tem vindo a aumentar, em grande parte devido às novas políticas implementadas pelo Governo. Em setembro, as famílias investiram mais de 491 milhões de euros em Certificados de Aforro, elevando o total para 39 mil milhões de euros.
Hoje, no Dia Mundial da Poupança, é essencial refletir sobre a sua importância e a necessidade de adquirir conhecimentos adequados sobre como gerir e aplicar esses fundos. Ter a capacidade de poupar é fundamental, mas saber como utilizar essa poupança de forma eficaz é igualmente crucial.
Neste contexto, a literacia financeira assume um papel central. Este ano letivo, a Estratégia Nacional da Disciplina de Cidadania foi revista, e a Literacia Financeira tornou-se uma componente obrigatória. Este passo é vital para preparar as novas gerações, possibilitando que os cidadãos tomem decisões informadas sobre as suas finanças pessoais e investimentos.
O Ministério da Educação, em colaboração com o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, está a promover iniciativas em escolas de todo o país para fomentar a literacia financeira. Além disso, o Ministério das Finanças lançou um projeto inédito focado na literacia em finanças públicas, que visa educar os cidadãos, especialmente os jovens, sobre conceitos fundamentais como dívida, saldo orçamental e impostos.
Todas as semanas, os portugueses são convidados a visitar o site www.oe.gov.pt para explorar as “Finanças à Lupa”, uma iniciativa que visa aumentar a compreensão sobre as finanças públicas. Conhecer melhor as finanças do país é um passo importante para uma cidadania informada e responsável.
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Fonte: ECO





