A receita fiscal do Estado português alcançou 48.014,8 milhões de euros até setembro de 2025, marcando um aumento de 5,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este dado foi revelado na síntese de execução orçamental divulgada recentemente pela Entidade Orçamental.
O aumento homólogo representa um acréscimo de 2.618,7 milhões de euros, refletindo uma evolução positiva na arrecadação fiscal. No que diz respeito aos impostos diretos, a receita registou um crescimento de 588,1 milhões de euros, correspondente a um aumento de 2,7%. Este crescimento é, em grande parte, atribuído à evolução da receita líquida do IRS – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, que subiu 7,1% devido à redução significativa dos reembolsos, que caiu 21,9%.
Contudo, a receita líquida de IRS apresentou uma desaceleração, passando de um crescimento de 16,5% em agosto para 7,1% em setembro. Esta mudança deve-se à aplicação de taxas de retenção na fonte que foram reduzidas em agosto. Por outro lado, a receita líquida de IRC – Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas, teve uma diminuição de 4,3%, justificada pela redução dos pagamentos de autoliquidação.
No que se refere aos impostos indiretos, a receita cresceu 8,5% em relação ao ano anterior, impulsionada pelo desempenho do IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado, que aumentou 8,7%. Durante este período, destacaram-se também os aumentos da receita líquida do ISP – Imposto sobre os Produtos Petrolíferos, que subiu 12,3%, e do Imposto sobre o Tabaco, que cresceu 10%.
É importante notar que, sem o efeito da prorrogação do pagamento do IVA, a receita deste imposto teria aumentado 9%. Assim, excluindo esses efeitos e os pagamentos de impostos diferidos em sede de IRC, a receita fiscal apresentou um crescimento homólogo de 5,6%, o que equivale a um acréscimo de 2.594,1 milhões de euros.
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Fonte: Sapo
